Economia Titulo Finanças pessoais
Refeição fora de casa
exige um planejamento

Gastos com alimentação fora do lar cresceram 26,6%; em
um ano, economizar R$ 5 por dia garante viagem ao Chile

Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
20/05/2012 | 07:03
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O aumento da renda é o que faz o brasileiro se sentir mais confortável para gastar mais com alimentação fora de casa. No entanto, para que um dos melhores prazeres da vida não se transforme em pesadelo, na hora de pagar as contas do fim do mês, a palavra de ordem é disciplina. Quem poupa R$ 5 (um café e um chocolate) durante 22 dias, por exemplo, economiza R$ 110 no fim do mês. Se o dinheiro for aplicado em um investimento com rendimento mensal de 0,56%, a quantia acumulada em um ano será de R$ 1.370. A grana é suficiente para passar cinco dias em Santiago, no Chile.

De acordo com pesquisa da Apas (Associação Paulista de Supermercados), divulgada no início do mês, com 507 consumidores, as despesas com alimentação fora do lar cresceram 26,6% em 2011, na relação com 2010.

O montante foi maior que os gastos com eletrodomésticos (9,6%), viagens (7,2%) e veículo próprio (16,8%). De acordo com o diretor de economia da Apas, Martinho Paiva Moreira, os números superaram a previsão de crescimento, que era de 15%.

Para a educadora financeira da The Money Camp Brasil Silvia Alambert, quem tem o costume de almoçar todos os dias em restaurantes, por exemplo, deve contabilizar, durante um mês, toda a quantia gasta no período, inclusive as guloseimas, como os lanches no final da tarde - que são mais difíceis de quantificar. Depois, é recomendável dividir o valor pela quantidade de dias. Com a divisão fica mais fácil saber o limite de gasto diário foi ou não ultrapassado. "Não precisa deixar de comer fora, basta dosar", afirma Silvia.

Além disso, quem quer economizar com os quitutes consumidos na rua deve planejar o destino do dinheiro poupado - ao definir uma meta ficará mais fácil atingir o objetivo.

ALTERNATIVA- A saída dos supermercados, para não perder mercado, já que os restaurantes e bares compram de outros fornecedores - os chamados food service -, é aumentar o leque de alimentos práticos para o consumo, como os congelados e até mesmo refeições já prontas, para atrair o público que tem pouco tempo para preparar o alimento em casa. "Geralmente são pessoas solteiras que moram sozinhas ou casadas, mas que não têm filhos", diz Moreira.

Não à toa, a venda de alimentos de fácil preparo foi o que mais teve destaque em 2011, entre salgados e perecíveis. O faturamento dos supermercados avançou 20,2% com a venda do vegetal congelado, 14,8% com a batata congelada e 12,5% com a pasta refrigerada . Por outro lado, a comercialização do arroz sofreu queda de 4,7%, em 2011, na relação com 2010.

GRANDE ABC - Pesquisa da administradora de cartões-benefício e cartões pré-pagos Alelo, com o Instituto Datafolha, mostra que comer fora de casa está mais caro para o morador da região. Diadema é a cidade onde o preço da refeição mais encareceu, subiu: de R$ 20,77, em 2010, para R$ 25,22 em 2011, isso significa que o consumidor está pagando 21,4% mais caro pela alimentação na rua.

Depois aparece Santo André, onde o prato que saía por R$ 22,80 em 2010, passou a custar R$ 25,82 no ano passado - aumento de 13%. Em São Bernardo, o custo do prato sofreu ligeiro aumento de R$ 26,04 para R$ 26,45, mas é o lugar onde o consumidor desembolsa o maior valor para comer na rua.

Duas cidades registraram quedas nos preços dos alimentos consumidos em bares e restaurantes. Em São Caetano, o valor da refeição caiu de R$ 23,97 para R$ 22,23 e, em Mauá, passou de R$ 21,88 para R$ 21,59.

Para o levantamento, foram realizadas cerca de 4.000 entrevistas em 19 capitais e 36 cidades, entre setembro e outubro de 2011. Ribeirão Pires e Rio Grande não entraram na pesquisa.




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