A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) cancelou na noite de ontem a inauguração da unidade José Alencar Gomes da Silva, em Diadema. A cerimônia estava marcada para as 10h de hoje.

A instituição não justificou a decisão, divulgada pela Prefeitura de Diadema. No fim da tarde, a presidente da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, haviam desistido de participar no evento, por problemas na agenda. Seria a primeira visita oficial de Dilma à região, desde que assumiu a Presidência.

A unidade José de Alencar funciona desde 19 de março, quando começou o ano letivo. Desde então, são quarto os endereços da instituição de ensino na cidade.

O espaço, de 7.000 m², abriga dois prédios - um didático e um de pesquisa - e está em processo de expansão. O próximo passo é construção de pequena fábrica-escola para produção de medicamentos e insumos, além de laboratório de análises clínicas.

A vice-diretora acadêmica da Unifesp, Laura Oliveira Peres Philadelphi, explica que o processo de ampliação das instalações da universidade em Diadema teve início em 2007, quando começaram as atividades no Jardim Eldorado, com 200 alunos. "Temos média de 650 alunos ingressando na universidade por ano", observa.

A unidade foi construída onde funcionava a indústria metalúrgica Uniforja (antiga Conforja). O complexo didático, com entrada pela Rua Conceição, 515, conta com 16 salas de aula - com capacidade para receber até 60 alunos cada. Já o prédio de pesquisa - acesso pela Rua São Nicolau, 210 - tem 23 laboratórios, sendo 16 de pesquisa e sete de graduação. Foram investidos R$ 40,3 milhões na compra, construção, reforma e inclusão de equipamentos, mobiliários e laboratórios móveis.

EXPANSÃO
Apesar de estar projetado para abrir as portas daqui a três anos, a fábrica-escola e o centro de análises clínicas beneficiarão a população. A ideia é que a produção de insumos e medicamentos nos laboratórios, além dos exames, sejam aproveitados pelos moradores da cidade.

Segue impasse para construção de campus no Sítio Morungaba

O entrave para a instalação do campus da Unifesp Diadema no Sítio Morungaba já dura pelo menos seis anos. Considerada unidade matriz da instituição, ainda não saiu do papel devido a problemas com liberação de licenças ambientais. A expectativa é de que as obras tenham início até o fim do ano.

O espaço de cerca de 17 mil m² fica às margens da Represa Billings, em área de manancial, explica a vice-diretora acadêmica da Unifesp, Laura Oliveira Peres Philadelphia. Houve necessidade de adaptação do projeto de acordo com padrões exigidos pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).

AVALIAÇÃO
A Unifesp Diadema tem três unidades (Eldorado, Florestan Fernandes e Centro), com 194 docentes e 2.315 alunos dos cursos Ciências Ambientais, Ciências Biológicas, Engenharia Química, Farmácia e Bioquímica, Licenciatura Plena em Ciências, Química e Química Industrial.

Em 2011, a unidade foi apontada - pela terceira vez consecutiva - a melhor universidade federal do País, segundo o (Índice Geral de Cursos das Instituições de Ensino Superior).