Profissionais da rede municipal de ensino de São Bernardo farão paralisação na terça-feira. A decisão foi aprovada em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos na noite de ontem no Paço Municipal. A previsão da entidade é de que cerca de 9.000 trabalhadores façam parte do movimento.

A principal reivindicação da categoria é para que a administração municipal aprove as diretrizes estabelecidas pelo estatuto dos profissionais da Educação, elaborado em março durante congresso dos educadores. Atualmente, a regulamentação vigente no município é o estatuto do magistério. O presidente do sindicato, Giovani Chagas, explica que a principal diferença entre os dois documentos é que o mais recente contempla todos os trabalhadores da Educação, e não apenas os professores. "O novo estatuto abrange os direitos a todos os profissionais, como inspetores, auxiliares e merendeiros, por exemplo."

O diretor de comunicação do sindicato, Enéas Andrade, explica que a nova regulamentação inclui os demais funcionários das escolas no plano de carreiras. "Atualmente, apenas os professores têm plano de salários. Os outros trabalhadores, por exemplo, só recebem o reajuste, sem perspectiva de aumento", compara.

Para que as diretrizes do estatuto sejam aplicadas na rede municipal, o Executivo deve encaminhar projeto para ser submetido à votação na Câmara. A expectativa de Chagas é de que a paralisação faça com que a Prefeitura encaminhe o estatuto para os vereadores ainda em maio. "Queremos que esteja vigente já no próximo semestre letivo", cobra o professor.

Na terça-feira, os manifestantes farão assembleia às 7h no Paço para definir os rumos do movimento. Está prevista passeata pelas principais ruas da cidade durante o dia. No início da noite, novo encontro deverá ser feito para que os trabalhadores decidam se irão ou não continuar a greve nos próximos dias.