Diarinho Titulo Alto-mar
Piratas existem?

Eles ainda navegam pelos mares do mundo real; segundo
estudiosos, os primeiros surgiram há cerca de 6.000 anos

Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
13/05/2012 | 07:00
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Quem já brincou de pirata sabe como é emocionante procurar tesouros perdidos, mesmo os de faz de conta. Aliás, descobrimos cedo que o personagem é sinônimo de grandes aventuras. Mas temos a impressão de que existe apenas na ficção. Será?

Acredite, os piratas ainda navegam pelos mares do mundo real. Segundo estudiosos, os primeiros surgiram há cerca de 6.000 anos. Entretanto, os registros que comprovam a existência datam a partir do século 16.

Eram parecidos com aqueles dos livros e filmes. Passavam meses no mar sem banho, com roupas sujas e rasgadas por causa das batalhas e condições em que viviam. Os navios possuíam bandeiras, a maioria vermelha ou preta. O símbolo da caveira era possivelmente usado para assustar os inimigos.

Sem respeitar leis, atacavam navios de diversos países para roubar ouro, especiarias (temperos), tecidos e outras mercadorias de grande valor na época. Em geral, tudo era vendido e o dinheiro arrecadado, dividido entre a tripulação. O capitão, claro, ficava com a maior parte. Em terra firme, gastavam com diversão.

A vida no mar não era confortável. Nem sempre levavam comida suficiente, já que era difícil prever a duração das viagens. Por causa da sujeira e má alimentação, muitos adoeciam. Quando alguém morria, o corpo era jogado no oceano.

LENDAS
Nem tudo o que imaginamos sobre eles é verdade. A história de que o papagaio é o fiel companheiro do capitão, por exemplo, é lenda. A ave foi associada ao pirata pela primeira vez no livro A Ilha do Tesouro, escrito pelo escocês Robert Louis Stevenson, em 1883.

Pesquisadores também supõem que a perna de pau e o gancho no lugar da mão nunca existiram. Há centenas de anos não havia técnicas modernas de cirurgia. Assim, substituir partes do corpo por madeira ou ferro os levaria à morte.

Saiba mais

Pirataria moderna é copiar, vender e distribuir produtos (como vídeo, música, roupa e calçados) sem pagar os direitos a quem os criou. É modo de ganhar dinheiro com algo que não é seu, como os piratas do mar fazem.

Os piratas não atacavam somente em alto-mar. Nos séculos 16 e , quando o continente americano não era completamente conhecido e nem muito vigiado, invadiam a praia com frequência para roubar o que encontrassem de valor. O Brasil já foi alvo dos ladrões, que levavam madeira, pimenta, algodão, raízes e até índios, transformados em escravos.

Consultoria da antropóloga Sheila Maria Doula, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais.




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