Política Titulo Eleições 2012
Chiquinho descarta aliança com PT

Ex-prefeiturável de Mauá chama Paulo Eugenio de fraco
e 'cabecinha pequena'; vice rebate e instala troca de farpas

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
24/04/2012 | 07:25
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Centro dos debates do encontro de delegados petistas no domingo, o ex-prefeiturável de Mauá Chiquinho do Zaíra (PTdoB) descarta chance de aliança com o PT para a eleição de outubro. Mesmo elogiando o amadurecimento do partido do prefeito Oswaldo Dias para abrir a discussão, ele não poupa críticas ao vice-prefeito e secretário de Saúde, Paulo Eugenio Pereira Júnior, que anteontem declarou que os 93 mil votos que o trabalhista recebeu no segundo turno de 2008 são de projeto antagônico ao do PT, representado também pelos ex-prefeitos Leonel Damo (PMDB) e José Carlos Grecco.

"Acho que o PT amadureceu, com exceção do Paulo Eugenio, que está com medo de perder o cargo. Tem cabecinha pequena, então, não dá para levar em consideração", critica Chiquinho, ao admitir ter conversado com o deputado estadual Donisete Braga e Oswaldo. "Tentaram aproximação. Não estão errados em querer fortalecer a aliança, mas meu candidato a prefeito é o (Irmão) Ozelito (PTB)", reiterou, após ter anunciado a parceria com o vereador petebista na semana passada.

Seguindo a artilharia, o ex-prefeiturável e pré-candidato à Câmara classificou Paulo Eugenio como "fraco" no comando da Saúde. "Como secretário, está prejudicando o Oswaldo e a população", avaliou, sem se aprofundar na tese. "Agradeço toda a preocupação do PT, mas não quero a vaga dele (de vice)."

No domingo, Paulo Eugenio propôs o adiamento para junho da definição sobre o vice na chapa petista, justificando ter tomado a iniciativa para não melindrar partidos aliados, mas mostrando segurança em permanecer no posto por ostentar o apoio da maioria dos delegados. Outra frente, porém, indica que Ozelito poderia declinar da intenção de concorrer a prefeito para compor chapa com Oswaldo, o que é negado por Chiquinho. "O Ozelito é o meu patrão, faço o que ele quiser, mas tenho certeza que não irá com o PT. Estamos fechados."

TROCO -Ao tomar ciência das frases de Chiquinho, Paulo Eugenio recorreu à atuação do trabalhista como secretário de Governo de Leonel Damo (2005 a 2008) para rebater. "Ele foi o gerente de um governo fracassado e por isso foi reprovado nas urnas. Para mim, ele não representa nada e não ter o apoio dele favorece o PT."

O vice-prefeito também atribuiu ao desafeto o "caos" herdado na Saúde, com contratos emergenciais para compra de medicamentos e equipamentos reprovados pelo Tribunal de Contas do Estado. "Ele arrendou o governo e fez parte da destruição da cidade."

 

Secretária minimiza chance de paralisação

A secretária de Governo e chefe de Gabinete do prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), Mariângela Secchi (PT), adota postura comedida com relação à ameaça de greve do funcionalismo municipal, feita sábado após assembleia tensa no Sindserv (Sindicato dos Servidores). A integrante do primeiro escalão passou a ser a responsável por encabeçar a negociação com a categoria após herdar a cadeira do então titular de Governo, José Luiz Cassimiro (PT), que se afastou da função no início do mês para lançar candidatura a vereador.

Os servidores cobram a revisão do Estatuto do Magistério, reajuste salarial de 5,8%, referente à inflação dos últimos 12 meses, e o aumento do vale-compra de R$ 74 para R$ 200. No fim de semana, os funcionários aprovaram prazo de 15 dias para a contraproposta da Prefeitura. Caso não sejam atendidos, ameaçam cruzar os braços. Já há, inclusive, data marcada para a assembleia que pode deflagrar a greve, dia 8, às 15h, no Paço.

"Vamos analisar os pedidos e, de acordo com as possibilidades financeiras da Prefeitura, tentar atender", comentou Mariângela. Ela não se pronunciou sobre o grau de prejuízo na prestação dos serviços públicos que a greve pode gerar. "Só dá para falar em cima de fatos." MR




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