Setecidades Titulo Brutalidade
Homem mata mulher com
cinco facadas em Mauá

Brigas e ameaças eram constantes em 28 anos de casamento;
o último ato da vítima foi telefonema para filha pedindo socorro

Alexandre Calisto
Especial para o Diário
13/04/2012 | 07:00
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Um telefonema para a filha pedindo socorro foi o último ato da empregada doméstica Dorivania Gomes da Silva Caldeira, 42 anos. Ela foi esfaqueada pelo marido ontem, por volta das 11h, no Jardim Sampaio Vidal, em Mauá. A vítima era casada havia 28 anos com o segurança Vagner Geraldo Caldeira, 50, com quem teve três filhos.

A relação do casal sempre foi marcada por brigas e ameaças. Ontem, quando Vagner estava de folga, o casal voltou a discutir. Antes que o crime acontecesse, Dorivania ligou, como de costume, para os filhos e vizinhos pedindo ajuda, com medo de que as ameaças se tornassem realidade.

O único filho do casal que ainda morava na residência e tem deficiência mental estava na sala, enquanto o crime acontecia. A violência começou no quarto e acabou na cozinha.

Além da Polícia Militar, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também foi acionado, mas quando chegou à residência, Dorivania já estava morta.

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Defesa da Mulher de Mauá, a doméstica levou cinco facadas, sendo duas no braço esquerdo, uma em cada perna e outra no pescoço. Em depoimento, Vagner contou que matou a mulher em momento de raiva e disse estar arrependido.

Segundo a delegada Helena Vieira de Lima, logo após ao crime, o rapaz saiu da casa ensanguentado e contou aos vizinhos que havia feito uma "besteira".

Preso em flagrante, foi levado à cadeia de Santo André e hoje deve ser transferido para o CDP de Mauá (Centro de Detenção Provisório).

FAMÍLIA
De acordo com relatos de vizinhos e da filha Dayane, 21, que recebeu o telefonema da mãe antes do crime, o pai sempre foi agressivo. "Ele já agrediu minha mãe outras vezes. Sempre a ameaçava e ela nos pedia socorro", conta a jovem.

Luiz de Oliveira, 54, vizinho do casal há 20 anos, afirma que sempre aconselhava o segurança a se acalmar nos momentos de raiva. Foi ele também que acolheu por algumas vezes a vítima, após ser ameaçada. "Quando brigavam, ela fugia para minha casa."




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