Automóveis Titulo Tecnologia
Dos faróis de halogênio aos LEDs

Componentes têm desenvolvimento constante, oferecendo mais segurança ao motorista

Lukas Kenji
Especial para o Diário
21/03/2012 | 07:00
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A tecnologia dos faróis tem desenvolvimento semelhante ao dos automóveis. Desde 1880, quando os primeiros faróis de carros iluminaram as estradas, até hoje, a velocidade das inovações trouxe diversas novidades aos diferentes veículos.

Atualmente, os materiais dos faróis resumem-se a três: halogênio, xenônio e LED. O primeiro é o mais popular. Desenvolvido em 1962, o halogênio funciona à base de lâmpadas incadescentes e equipa a maioria dos carros em todo o mundo por ser um componente mais barato do que os outros. Mas perde em eficiência quando comparado aos demais.

"O xenônio ganha em eficiência em relação ao halogênio, mas se equipara ao LED. Este último tem como diferencial a capacidade de proporcionar efeitos visuais e auxiliar no design", explica o professor de Engenharia Mecânica da FEI, Ricardo Bock.

O LED é um pequeno diodo emissor de luz usado em grande quatidade para substituir uma lâmpada. Está presente apenas nos carros luxuosos. Já o xenônio, gás que expande a luz na lâmpada, é mais visto nas ruas, assim como o bixenônio, que alia focos alto e baixo de xenônio.

Outras tecnologias vieram para auxiliar a visão do motorista, como sistemas que mudam a direção do foco e a intensidade da luz, de acordo com cada situação (veja arte ao lado) 

Ricardo Bock acredita que a evolução vai continuar em ritmo forte, o que não significa que o xenônio ou o LED venha de fábrica nos carros populares no futuro próximo.

Primeiros modelos rodavam sem iluminação

Você já imaginou um carro sem faróis? Pois é, em 1880, década da invenção do automóvel, era assim: carro, só antes do pôr do sol.

Mas os motoristas da época ficaram nesta situação por pouco tempo. Oito anos depois, o acetileno deu lugar à eletricidade como base da tecnologia de faróis do automóvel Columbia Eletric Car.

Em 1938, a sensação era a invenção dos faróis de neblina do Cadillac. Dois anos mais tarde, nascia o sistema que unia refletor, lâmpada e lente. O farol selado garantia limpeza e proteção à umidade e foi obrigatório nos Estados Unidos até 1983. Mas havia um problema: bastava um componente apresentar defeito e todo o sistema queimava 

Até 1978, o halogênio, tecnologia que veio a se tornar a mais popular no mundo até hoje, era proibido na Terra do Tio Sam.

O componente, criado em 1962, começa a dar lugar a novidades que você já pode ver nas ruas, nos carros mais caros. Xenônio e LED são as últimas novidades desta evolução que parece não ter fim, como você pode observar no carro ao lado.

Oled promete ser a nova tecnologia de faróis

Oled. Esta sigla pode significar a próxima tendência de faróis nos carros. Os diodos emissores de luz orgânica não se limitam a faróis. Sua tecnologia permite que ladrilhos iluminados percorram o corpo do carro.

A tecnologia está sendo produzida como conceito no esportivo Audi R8. Cada polímero de Oled tem milímetros de espessura e possui revestimentos que conduzem eletricidade.

Com cada polímero colocado junto ao outro, o efeito é iluminar todo o sistema ao ligar o carro. Outro diferencial da tecnologia é dar a impressão de movimento. As luzes parecem flutuar pelo carro e podem ser vistas de diversas cores.

De acordo com a Audi, esse recurso é mais eficiente do que o LED. Acende rápido, produz pouco calor e consome menos energia.

A Audi já estuda a possibilidade de produzir Oleds em três dimensões, aliando cada vez mais a necessidade de iluminar estradas de maneira eficiente sem esquecer da beleza que a luz pode proporcionar ao carro. Ainda mais em sua carroceria.




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