Quem nunca olhou para o relógio contando os minutos para o momento mais esperado do dia? Então, basta o sinal tocar que a turma toda se anima. Finalmente, a hora do recreio chegou! Os mais afobados correm, outros preferem caminhar com calma em direção ao pátio.

Giulia Gouveia, 7 anos, de Santo André, gosta de lanchar com as amigas Maria Eduarda Benini, 7, e Helena Borges, 7. Em geral, levam lancheira com as guloseimas preferidas. Antes de comer, há preparação: sentam em roda e colocam a toalhinha no chão. Costumam dividir os alimentos. "Trago torrada, suco e um doce", diz Giulia. Também colocam a conversa em dia, pois na classe não podem papear demais. Assim que terminam, as meninas vão brincar se ainda sobrar tempo. Afinal, recreio não serve só para comer.

Alex da Silva Santos, 7 anos, e Kaio Andrade Aguiar Coelho, 7, de Diadema, gostam de conversar e pular amarelinha. "O único problema é que o tempo passa muito rápido", diz Kaio. Assim como os garotos, muitos fazem de tudo para aproveitar ao máximo o período. Por isso, é comum ver alunos se alimentando ao mesmo tempo em que brincam. O ideal mesmo é fazer uma coisa de cada vez.

Seja na escola pública ou particular dá para se divertir à beça durante o intervalo. Alguns colégios deixam à disposição dos alunos brinquedos, jogos, livros, gibis, além de proporcionar atividades diferentes a cada dia da semana. Maria Alice Barrichelli, 10, de São Caetano, acha o recreio de sua escola superlegal porque ninguém fica parado. "O que mais gosto são os jogos digitais. A gente se diverte e ainda aprende."

Espaço de escolhas

O recreio é momento em que você tem a liberdade de escolher o que deseja fazer. É espaço no qual pode conversar e se divertir com os amigos, sem esquecer de lanchar, é claro. Segundo especialistas, brincar é muito importante para o desenvolvimento do corpo e da mente. Garante boa saúde e faz com que a gente aprenda a se relacionar e conhecer melhor os colegas. Por meio dos jogos e brincadeiras, melhoramos a criatividade e descobrimos a importância do trabalho em equipe. Dessa forma, passamos a respeitar as diferenças.

As atividades oferecidas pelas escolas são superbacanas desde que o aluno não seja obrigado a fazê-las. E caso seu colégio não tenha divertimentos, você pode usar a imaginação para inventar brincadeiras com os colegas, contar histórias e até sugerir algo para a professora. No www.blogdiarinho.blogspot.com há algumas dicas.

Consultoria de Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da PUC-SP, Janice Paulino Serra, diretora da Emef Eda Mantoanelli, Rosana Rett, orientadora Educacional do Colégio Singular Júnior, Cristiane Guzzoni, professora de Educação Física da Unip, e Zípora de Oliveira, diretora da Escola Municipal Ministro Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro.