O PSDB de Mauá postergou para terça-feira a decisão de ter ou não prévias para escolha do candidato tucano para disputar a Prefeitura. Embora o prazo para inscrições tenha expirado dia 11, o imbróglio persiste porque o professor Ronaldo Ferreira dos Santos, o Lalau, não abre mão de disputar o pleito interno, marcado para dia 31. Até o momento, o único inscrito nas prévias é o vereador Adimar José da Silva, o Edimar da Reciclagem.

A decisão era para ter sido ontem. Com o adiamento, o presidente do diretório tucano mauaense, Marcio Canuto, espera convencer Lalau e a direção do partido a enterrar a disputa interna. "Dificilmente ele (Lalau) poderá participar da prévia porque, para isso, o diretório municipal tem de encaminhar a indicação para o aval da executiva estadual. O que ele fez foi apenas apresentar as assinaturas", disse Canuto.

O dirigente partidário desconsidera a validade das rubricas de apoio colhidas por Lalau e apresentadas quando se inscreveu para as prévias no dia 9. "Ele foi na casa das pessoas e colheu as assinaturas, não é assim que a coisa funciona."

De acordo com a regulemantação do estatuto estadual tucano, para participar das prévias partidárias o candidato deve ser indicado pela executiva municipal ou por 10% dos filiados. Lalau argumenta que tem o apoio de quatro dos sete integrantes da direção da sigla na cidade e que, por isso, sua inscrição é válida. "Fiz aquilo que determina a resolução do partido", argumenta o tucano, rebatendo a declaração de Canuto. "Deixa ele pensar dessa maneira", retrucou.

Há um ano e meio no ninho tucano, Lalau disputou as últimas eleições para vereador: em 2000 pelo PV (990 votos), 2004 pelo PTC (1.153 votos) e 2008 pelo PSDC (alcançando 515 sufrágios).

A insistência do professor em disputar as prévias tucanas retarda os planos de Edimar da Reciclagem de confirmar a pré-candidatura ao Paço. O parlamentar aparou as arestas com o presidente de honra do Instituto Henfil, Mateus Prado, que abriu mão de concorrer internamente pela cabeça da chapa para ser vice.