Professores da rede estadual de Santo André realizam hoje, às 14h, aula aberta com direito a fanfarra no calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, Centro. O ato faz parte da mobilização em prol da greve nacional de três dias, iniciada ontem.

A paralisação, proposta pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), tem por objetivo cobrar dos Estados e municípios o pagamento do piso de R$ 1.451 por 40 horas semanais trabalhadas, além de permitir que os educadores utilizem um terço da jornada para planejamento de aula.

Ontem, no Grande ABC, cerca de 30% dos professores da rede estadual cruzaram os braços no primeiro dia de greve, segundo a presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Azevedo. "Esperamos alcançar até 50% de paralisação nesta quinta-feira e 80% na sexta, quando faremos assembleia no Palácio dos Bandeirantes".

Em São Bernardo, o coordenador da subsede, Aldo Santos, acredita que a mobilização atingiu 10% dos professores. Hoje, os grevistas continuarão a panfletar e visitar escolas. De acordo com a regional da Apeoesp em Santo André, a paralisação ficou na casa dos 45%. Já em Mauá, a adesão foi de 20% .

ESTADO

A Secretaria Estadual da Educação informou ter registrado percentual de ausência de 5% ontem, o que corresponde à média habitual e que as escolas funcionaram normalmente. Segundo a rede, os professores têm assegurada, pela Resolução SE 8 publicada em janeiro, jornada em sala de aula fixada em dois terços de sua carga horária total - o máximo permitido pela legislação. O Estado paga aos docentes um salário-base inicial 30,5% maior do que o atual valor mínimo estabelecido por essa mesma lei.