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Ribeirão abre concurso para contratar médicos
Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
06/03/2012 | 07:48
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Claudinei Plaza/DGABC


A Prefeitura de Ribeirão Pires abriu concurso público para contratação de médicos. A captação será feita para aumentar os quadros de profissionais na Prefeitura. As inscrições ficam abertas até o dia 23 e a taxa para realizar a prova é de R$ 51. A medida é mais um sinal de que o Executivo deve romper o contrato com a OSSPUB, que vence em julho.

O presidente da OSS (Organização Social de Saúde), Edison Dias Júnior, comprou carro com dinheiro público, fato divulgado com exclusividade pelo Diário, na semana passada. A entidade gerencia o Hospital e Maternidade São Lucas, as Residências Terapêuticas e o PSF (Programa Saúde da Família). O corpo médico também é controlado pela organização.

O prefeito Clóvis Volpi (PV) admite que resolveu abrir concurso para ter garantias de atendimento, caso ocorra algum problema no contrato com a OSSPUB. "A relação é unilateral. Ela (a organização) pode se retirar, como a Prefeitura pode rever o caso. Não tínhamos plano B nem mais funcionários no quadro. Foi um erro estratégico no passado", afirma o verde. Atualmente, há quatro plantonistas e 30 especialistas concursados na administração. O chefe do Executivo não confirma, mas nos bastidores ventila-se a informação de que o contrato com a OSS será rompido e que o escândalo envolvendo Edison teria sido o estopim para a decisão.

Para atrair os médicos, o concurso oferece salários mais altos. O secretário de Saúde, Allan Frazatti Silva, explica que foi preciso dobrar os vencimentos dos profissionais. O plantonista (para 24 horas) ganhará R$ 2.200 e o especialista com carga horária de 20 horas semanais receberá R$ 4.000. "Tudo com objetivo de atrair o médico e fazer com que ele permaneça. Queremos que ele crie raízes em Ribeirão por conta do salário, da qualidade de vida e do público", analisa Allan.

Os profissionais também receberão gratificação. Após o centésimo atendimento, o médico ganhará R$ 4 por consulta. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ideal é que cada profissional atenda quatro pacientes por hora. Caso a norma seja cumprida, o adicional será de R$ 2.500 por mês. "A consequência é proporcional ao número de atendimentos que ele fizer. Sempre respeitando o padrão. A gente sabe que nem hospital particular respeita a recomendação", diz o secretário.

 

REVER

A contratação dos médicos representa mudança no sistema de gestão de Saúde em Ribeirão. Desde 2005, o serviço municipal está terceirizado. Todas as organizações que passaram pela cidade deram problema para a administração. Allan é um dos contrários aos convênios com o terceiro setor.

Volpi ressalta que a administração está repensando a contratação de outra entidade. "Às vezes você cria uma OSS, mas ela não está preparada e não tem equipe preparada, daí começa a cometer esses erros e desmandos. O atendimento é bom. Mas e a parte documental? E a tributária? Se não está correta, não pode mais existir. Eles precisam se preparar", conclui o prefeito.




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