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Donisete defende chapa mista para PT de Mauá
Beto Silva
do Diário do Grande ABC
04/03/2012 | 07:19
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André Henriques/DGABC


O deputado estadual Donisete Braga defende a abertura da chapa do PT, encabeçada pelo prefeito Oswaldo Dias, que tentará a reeleição em Mauá, para um vice indicado por partido aliado. Dessa forma, o parlamentar desiste de estar na dobrada, movimento que havia sido intensificado nas últimas semanas.

"Temos de ampliar. O tamanho do PT está demarcado. O que podemos ultrapassar? O que pode ser um diferencial de campanha? Se manter a chapa, o panorama é de não ter mudanças", observa Donisete.

O deputado está de olho na possível terceira via que pode surgir na cidade, em meio às forças de Oswaldo Dias e da opositora Vanessa Damo (PMDB). "É temerário manter a chapa pelo cenário complicado de Mauá. De repente, a terceira via pode ser tornar a primeira."

O parlamentar descarta aliança somente com quatro siglas: PMDB, DEM, PSD e PSDB. E destaca ao menos três nomes de grupos contrários ao governo que hoje são pré-candidatos ao Paço e têm potencial para serem atraídos para a base governista: os vereadores Ozelito José Benedito (PTB) e Atila Jacomussi (PPS) e o candidato a prefeito derrotado pelo PT em 2008, Chiquinho do Zaíra (PTdoB).

Mas cita dois de maneira especial. "Nessa trinca há muitas incertezas e, por isso, não podemos fechar a chapa para não demarcamos o campo. Não podemos descartar situação de conversa com Ozelito, Chiquinho... dois nomes de grande musculatura eleitoral. Chiquinho saiu da eleição (de 2008) com 91 mil votos e foi o último candidato (da oposição) que disputou a eleição. Ozelito saiu com 22 mil votos para eleição de deputado estadual (em 2010) e tem faixa de eleitor formador de opinião, que são os evangélicos. Não podemos menosprezar."

O petista nega fazer manobra para entrada de parceiro na chapa para enfraquecer o atual dono do posto, Paulo Eugenio Pereira Júnior. Donisete não esconde de ninguém o desejo de ser perfeito de Mauá e o vice, se continuar na chapa e vencer o pleito, seria sucessor natural de Oswaldo. "Qualquer processo que envolva meu nome vai ser bem discutido. (Em 2016) Todo mundo entra em nível de igualdade (pela indicação à candidatura de prefeito). Teríamos desequilíbrio se por ventura eu não tivesse mandato, se na houvesse grupo organizado... hoje ninguém tem maioria no PT. A composição tem de acontecer. Esse é um processo bom porque equilibra."

 

ICMS

Para Donisete Braga, dentre os macroassuntos que devem ser debatidos na campanha eleitoral, está a questão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O deputado diz que Mauá faz o refino do petróleo e que na venda quem recebe o tributo em seus cofres é São Caetano, que abriga a planta da Petrobras.

"Não podemos mais ficar de braços cruzados. Dependemos de (mudanças na) legislação federal. Refinamos o petróleo, só que os recursos oriundos da venda ficam com São Caetano. São R$ 120 milhões de ICMS por ano. Essa questão tem de ser colocada na discussão do marco regulatório do pré-sal", vislumbra.




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