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Inflação de fevereiro desacelera

IPC-S encerra quarta semana do mês com alta de 0,24%, aponta FGV

Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
02/03/2012 | 07:41
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Puxada pelos preços da Educação, leitura e recreação, a inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), da FGV (Fundação Getulio Vargas), encerrou fevereiro com alta de 0,24%, número 0,03 ponto percentual menor que o registrado na última pesquisa. Com o resultado, o indicador acumula aumento de 0,06% no ano e 5,62% em 12 meses.

A explicação é que as mensalidades escolares, que sofreram reajuste estavam pressionando o IPC-S e ao longo do mês passado apresentaram ritmo decrescente. A variação no período passou de 1,01% para apenas 0,03%.

O aumento nos preços também foi menor para os itens do grupo Saúde e cuidados pessoais. A inflação acumulada saiu de 0,58% na terceira semana para 0,42% na quarta semana do mês. Destacam-se as quedas na inflação dos medicamentos, que passaram de 0,42% para 0,12% e alimentos para animais domésticos de 0,89% para 0,08% e tarifa de telefone residencial de 0,37% para 0,03%.

Em janeiro, o indicador de preços semanal elaborado pela FGV fechou em 0,81% e na penúltima semana de fevereiro, 0,27%.

ALTAS - Na contramão, quatro classes de despesas registraram altas nos preços durante fevereiro. Em habitação, houve aumento de 0,31% para 0,53% entre a terceira semana e o fechamento do mês. Em janeiro, havia subido 0,33%. Segundo a FGV, o pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)pode começar a pesar, mas será diluído, dado o recebimento escalonado dos carnês e a possibilidade de parcelamento do valor.

Outro grupo foi alimentação, cujos preços passaram de recuo de 0,09% para queda de 0,02% no período de uma semana. A perspectiva é de que os valores dos alimentos voltem a subir neste mês. O coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, analisa que é comum os preços recuarem em fevereiro e retomarem alta em março.

“Há um padrão claro de sazonalidade, que é de alta em janeiro, queda em fevereiro e retomada da alta em março”, detalhou. Ele acrescenta que o recuo nos valores de carnes, hortaliças, legumes e frutas visto recentemente está perdendo força.

Vestuário, outra classe de despesa impactada pela inflação, viu os preços saírem de deflação de 0,14% para inflação de 0,02%. Isso é reflexo do fim do período de promoções e a chegada das peças da coleção de inverno.

Por fim, o grupo transportes sofreu alta de 0,30% para 0,31%. O item empregada doméstica mensalista também teve acréscimo de 0,89% para 2,15%.




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