O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), critica a ação do vereador Manoel Lopes (DEM), que na terça-feira levou placas de asfalto à Câmara e depois as despejou na escadaria do Paço - segundo o democrata, os blocos estavam soltos nas avenidas Rio Branco e Itapark, recapeadas há menos de dois meses. O chefe do Executivo acusa o parlamentar de querer atrair holofotes, tendo em vista a eleição de 7 de outubro.
"É a forma que ele tem de aparecer. Faz parte do clima eleitoral", analisa Oswaldo, ao salientar que "não faria isso". "Como professor, fui grevista, e nunca utilizei aspectos físicos como tática de convencimento. Sempre dialoguei."
Por outro lado, Manoel alega que tomou a atitude porque o prefeito não ouviu seus reclames na tribuna nem respondeu seu requerimento de forma convincente, sem fornecer detalhes do contrato de recapeamento de R$ 22 milhões firmado em novembro com a BR Distribuidora, que repassou o serviço à Scamatti & Seller. "O problema é que, desde 2009 (primeiro ano do governo), eu alerto e ele não ouve."
JÁ FEZ
Apesar de dizer que não tomaria atitude como a de Manoel, Oswaldo também já protagonizou cenas pitorescas. Em 1993, quando presidiu CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou supostas irregularidades na canalização do Córrego Corumbé, o então vereador foi à Câmara sustentar a tese de superfaturamento da obra de forma peculiar. "Trouxe rachão (pedras) dizendo que o dinheiro havia sido gasto naquilo", lembra o democrata sobre o colega de legislatura. "Nem por isso disse que ele queria aparecer."
REPAROS
Oswaldo afirma não ter informação de "problema generalizado" no recapeamento e que, onde o asfalto novo apresentar falha, vai cobrar a Scamatti & Seller a reparar. "Então, vai ter de fazer tudo de novo", avalia Manoel Lopes, lançando desafio ao prefeito. "Convido ele a dar uma volta comigo na Avenida Barão de Mauá. Se ele achar que está bom, aí não poderei fazer mais nada."
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