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Baixa renda tem inflação de 0,86%
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
08/02/2012 | 07:30
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Os preços para as famílias com renda entre um e 2,5 salários-mínimos subiram, em média, 0,86% em janeiro. O resultado foi maior do que a inflação média para todos os consumidores brasileiros, que atingiu 0,81% no mês passado. As informações são do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

A inflação para as famílias menos abastadas, mesmo acima da média nacional, foi a menor para janeiro desde 2009. Naquele ano, o avanço médio dos preços foi de 0,72%. Em 2011, o primeiro mês teve inflação de 1,40%, e no ano anterior o resultado foi de 1,32%.

Em comparação com dezembro, o IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1) de janeiro apresentou desaceleração. No último mês de 2011, os consumidores com menor renda presenciaram encarecimento médio de 1%.

A série história do IPC-C1, iniciada em 2004, aponta que janeiro esteve entre os meses dos anos com maior pressão inflacionária. No ano passado, com alta de 1,40%, dezembro foi o mês que mais se aproximou da variação, com 1%.

DESACELERAÇÃO - Segundo o Ibre-FGV, quatro grupos de despesas contribuíram para que o indicador desacelerasse em janeiro contra dezembro.

O grupo que mais pesa no orçamento das famílias de baixa renda é a alimentação. Isso porque são compras básicas, para a sobrevivência, e têm prioridade no orçamento familiar, levando boa parte da renda. A inflação desses produtos passou de 1,74%, em dezembro, para 0,58% no mês passado. As carnes vermelhas tiveram a maior contribuição, passando de inflação de 3,63% para deflação de 1,68%, portanto ficaram mais baratas em média.

Em seguida figuram os gastos com habitação. Enquanto no último mês de 2011 a pressão inflacionária neste grupo era de 0,42%, no mês passado houve desaceleração para 0,38%.

As roupas apresentaram decréscimo médio nos preços de 0,71%, contra alta de 1,53 em dezembro. Com isso o conjunto de produtos do grupo vestuário foi único com deflação no IPC-C1. A temporada pós-festas de fim de ano impulsionou o recuo dos preços. E desta maneira a variação passou de 1,51% para - 0,20%.

O grupo Saúde e cuidados pessoais completou a lista da desaceleração, passando de 0,79% para 0,24%. Os artigos de higiene e cuidado pessoal foram os protagonistas no segmento, com a inflação esfriando de 1,29% para 0,39%.

MAIS CAROS - Enquanto as despesas básicas, como alimentação e habitação, aliviaram o bolso do consumidor com menor renda, os gastos com conhecimento se responsabilizaram pelo contraponto.

O grupo Educação, leitura e recreação teve acréscimo de 2,77 pontos percentuais na comparação mensal e atingiu inflação de 3,54%. Logo atrás ficaram os preços dos transportes, que subiram e média 3,25%, contra estabilidade vista em dezembro. E as despesas diversas, como alimento para animais domésticos que encareceu 2,59%, acumularam expansão de preços de 0,29%.




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