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Casa Matheus atende mães e filhos

Em Mauá, entidade beneficia 600 famílias carentes do Parque das Américas

Lukas Kenji
Especial para o Diário
24/01/2012 | 07:00
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Trocar armas por pincéis, drogas por um violão. É com essa proposta que o Centro Comunitário Casa Mateus foi fundado há 32 anos pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. A organização ajuda famílias carentes do Parque das Américas e região, em Mauá, com arte, Cultura e Educação.

A rua não é mais o endereço do que era a diversão das crianças do bairro. Para pais e mães, ficou o alívio em saber que seus filhos estão em local onde a Educação faz parte do entretenimento, além de distanciar os jovens das drogas e da violência.

"Fico sossegada com meu filho aqui. Ele faz capoeira e aprende a ter mais disciplina, até as notas melhoraram", comenta com orgulho Marinete Hidalgo, 41 anos. A mãe do pequeno Kauan, 8, também tem no espaço, um local para o aprendizado.

Mulheres deixam os filhos fazendo atividades de recreação enquanto aprendem artesanato. "Estou desempregada e agora tenho uma fonte de renda com meus trabalhos" completa Marinete.

O projeto recebe apoio financeiro dos governos municipal, estadual e federal, mas a maior fonte de renda vem mesmo das doações da comunidade. Mas não é só com dinheiro que a organização se sustenta. O trabalho voluntário também é necessário para que mais famílias sejam beneficiadas.

"Qualquer pessoa pode vir nos ajudar com o que pode, seja para dar aula ou lavar a louça. O único requisito é que o trabalho seja feito de coração", afirma a coordenadora pedagógica da casa, Luciana de Assis Maciel.

Além de voluntários, o projeto conta com 19 funcionários assalariados, além da assistente social, que se encarrega da relação junto às quase 600 famílias com renda per capta de até meio salário mínimo que estão inscritas no projeto.

Até 31 de janeiro, quem estiver inserido nessas condições pode se inscrever nos projetos que ensinam de canto à informática, de teatro à capoeira. Atividades lecionadas por educadores sociais, como Rafael Machado, 22. Ele diz que não há remuneração que pague ver o sorriso no rosto de cada aluno. "A gratidão que eles passam em cada gesto não tem preço",comenta o professor.




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