Política Titulo Risco
Pré-candidatos ameaçam apoio do PSB a Oswaldo

Partido é o principal do arco de alianças do prefeito de Mauá

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
22/01/2012 | 07:18
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O apoio do PSB ao prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), corre o risco de findar antes da campanha eleitoral, na qual o petista tentará a reeleição. Os motivos são dois protocolos de candidatura própria formalizados junto à executiva municipal, feitos por Getúlio Domingues Ribeiro, o Berruga, e Manoel Ribeiro Soares, que em 1992 foi o primeiro candidato ao Paço pelo partido. O PSB é a principal legenda a integrar o arco de alianças do prefeito.

O movimento foi deflagrado pelo descontentamento de ala socialista com os rumos da agremiação. Em 2008, o PSB rivalizou com Oswaldo nas urnas com Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (atualmente no PTdoB), que acabou derrotado no segundo turno. No primeiro ano do governo, a sigla viveu momentos instáveis com relação ao posicionamento perante a administração petista. O apoio só foi consolidado no início de 2010, quando o presidente do PSB em Mauá, Carlos Tomaz, foi nomeado secretário de Segurança Pública da cidade.

Se por um lado a posição no primeiro escalão agraciou Tomaz, por outro tem gerado insatisfação de integrantes do diretório que não foram contemplados com cargos na gestão - o PSB possui sete filiados em postos menores no governo, a maioria ligada ao mandatário.

Assim, Berruga e Manoel correm para garantir apoios às suas empreitadas até o encontro partidário, programado para março. Na ocasião, integrantes do diretório votarão pela candidatura própria ou pela manutenção da parceria com Oswaldo.

Berruga, que contabiliza possuir a simpatia de 15% da diretoria, afirma que apenas faz cumprir a resolução do PSB nacional, que orienta candidatura a prefeito ou a vice em cidades com mais de 200 mil eleitores. "Não somos sublegenda do PT", esbraveja, ao mostrar confiança no projeto. "O presidente não decide nada sozinho", declara, reafirmando a contrariedade com o direcionamento dado por Tomaz ao partido. "O PSB não foi feito para isso (se posicionar em troca de cargos no governo."

 ARREDIO

Carlos Tomaz tem se mostrado arredio com relação aos conflitos escancarados no PSB. No ano passado, os vereadores Alberto Betão Pereira Justino e Irmão Ozelito deixaram o partido rumo a PTdoB e PTB, respectivamente, justamente pelo mandatário insistir no apoio a Oswaldo Dias.

O presidente não retornou aos contatos da equipe do Diário para comentar a postura de Berruga e Manoel. Interlocutores do PSB, no entanto, expõem que Tomaz trata a questão como coisa pequena, de movimentos isolados e sem força para desbancar a parceria do partido com Oswaldo.




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