Os filmes de espionagem parecem ainda encontrar fôlego no disputado mercado cinematográfico. Mas ao invés de apostar em grandes eventos catastróficos e apresentar enormes cenas de ação, 'O Espião Que Sabia Demais' traz história que se apoia em tom mais sério.

O filme é baseado em 'best-seller' homônimo do escritor inglês John le Carré. Com orçamento um tanto quanto modesto (US$ 30 milhões), o diretor sueco Tomas Alfredson (responsável pela boa versão europeia e original de 'Deixa Ela Entrar', de 2008) acompanha o veterano agente George Smiley (Gary Oldman) em sua complicada missão de descobrir a identidade de um espião que tem passado informações da agência britânica para os soviéticos.

A figura de homem bom do protagonista acaba sendo deixada de lado quando ele se vê em meio a inteligente trama na qual não se sabe quem são os mocinhos e os vilões. O clima paranoico de que não se deve confiar em ninguém dita o ritmo tenso do título que tem chamado a atenção da crítica graças ao bom e velho jogo de espionagem deixado de lado nos filmes do gênero nos últimos anos.