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Dilma defende 'modelo brasileiro' na Economist
05/12/2011 | 21:30
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A presidente Dilma Rousseff defendeu o controle da economia pelo Estado e os programas de transferência de renda no País - características de um modelo de combate à crise financeira mundial apresentados em um artigo publicado na revista britânica "The Economist". Dilma afirma que os governos devem agir para evitar a instabilidade econômica e a desigualdade de renda provocadas por mercados sem regulação.

O artigo integra a revista "The World in 2012", a mais recente edição de um projeto anual da "The Economist" com previsões e comentários sobre a economia e a política mundiais. No texto, a presidente afirma que os países desenvolvidos podem tomar como lição o "modelo brasileiro" de crescimento, apoiado em políticas salariais sólidas e o combate às desigualdades sociais.

"O acúmulo de dívidas não substitui o aumento de salários, e a autorregulação do mercado não substitui a regulação governamental", escreveu. "O mundo rico agora busca um modelo econômico mais equilibrado e existem algumas políticas comuns que todos deveríamos perseguir em 2012 para construir democracias sustentáveis e inclusivas".

Sem citar especificamente o nome de programas como o Bolsa Família, Dilma avalia que a transferência de renda para os mais pobres ajudou a expandir o consumo no Brasil e criou novas oportunidades de investimento. "Hoje, o mercado consumidor crescente do Brasil sustenta o desenvolvimento econômico não só do Brasil, mas de toda a sua região", afirma. Para a presidente brasileira, o mundo precisa elevar salários ao aumentar a produção para beneficiar a classe média. "O mercado, por si só, não melhora a distribuição de renda. É necessária a ação dos governos".

No artigo da "The Economist", Dilma critica a guerra cambial e o protecionismo nas disputas comerciais entre os países. Após destacar uma transformação na balança de distribuição de riquezas no mundo e a emergência de países como o Brasil, Dilma defende também a reforma de instituições internacionais - como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. "Os países em desenvolvimento precisam ser ouvidos, e suas preocupações e contribuições devem ser levadas em consideração", afirma.




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