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Gigantismo e nanismo são doenças raras
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
27/11/2011 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A diferença no crescimento pode estar ligado a doenças hormonais e raras, como nanismo e gigantismo. A geneticista Bianca Bianco, do Centro de Reprodução Humana e Genética da Faculdade de Medicina do ABC, explica que o nanismo pode estar ligado a desnutrição ou a Síndrome de Turner (relacionada a anomalia do cromossomo sexual), Síndrome de Down e de DiGeorge (doença causada pela perda de um pedaço do cromossomo 22).

Segundo a especialista, a chance de desenvolvê-la é 1 para cada 10 mil nascidos vivos. Já o gigantismo é causado pelo excesso de hormônio do crescimento na infância e adolescência. A consequência é o crescimento exagerado dos ossos. "É resultado de tumor na hipófise (glândula da cavidade óssea do cérebro)", explica.

Se não for detectado nanismo ou gigantismo, é possível estimular o hormônio do crescimento. Mas não é qualquer um que pode fazer o tratamento. Antes é preciso tirar radiografia para verificar a idade óssea. "É feita da mão e punho. Se apontar que os ossos podem crescer dá para fazer a indicação", explica a endocrinologista Margaret Boguszewski, que ressalta que a cada 10 mil jovens, um pode ter falta de hormônio de crescimento. Só que o tratamento não é tão barato: chega a R$ 3 mil por mês.

Alessandra de Oliveira, 16 anos, de São Bernardo, usou o medicamento por dois anos e cresceu oito centímetros. Foi de 1,35m a 1,43m. Ela tem Lúpus, doença provocada por desequilíbrio do sistema imunológico. Ela usa remédios que afetam o crescimento. "Se não tomasse poderia chegar a 1,65m. Tive de escolher cuidar da saúde." Alessandra admite que se incomoda."O problema é que além de ser baixa, tenho corpo de criança", explica a estudante, que já foi confundida com uma menina de 12 anos.




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