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Critério do SOS Emergências é questionado
09/11/2011 | 19:42
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O Ministério da Saúde foi cobrado hoje, em reunião do Conselho Nacional de Saúde, sobre os critérios para a escolha dos 11 hospitais que receberão financiamento do programa SOS Emergências.

 

Entre as unidades beneficiadas na primeira etapa estão hospitais de Estados com mais recursos, como Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, enquanto Estados que enfrentam problemas nos serviços de emergência, como Rondônia e Pará, ficaram de fora da fase inicial do projeto.

 

Hoje o ministro Alexandre Padilha esteve no Rio para visitar os primeiros hospitais a assinarem convênio com o governo federal - o Hospital Estadual Albert Schweitzer, na zona oeste, e o Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul, que já adota as regras que o ministério quer estender às outras emergências, como acolhimento de pacientes, triagem de acordo com o risco e leitos de UTI regulados por uma central.

 

"O único recurso que pode ter poder redistributivo, de trazer equilíbrio entre os Estados, é o recurso federal. É fundamental que o recurso federal sirva para fazer esse balanço. Mas por fatores políticos e institucionais, isso não ocorre", afirmou a professora Ligia Bahia, vice-presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação de Saúde Coletiva, que integra o CNS.

 

O programa prevê incentivo anual de R$ 3,6 milhões para custear a ampliação e qualificação da emergência e mais R$ 300 mil mensais para instalar um Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar, setor que ficará responsável por fazer diagnósticos e solucionar os principais problemas da emergência.

 

Os hospitais que fazem parte do programa podem pleitear ainda outros R$ 3 milhões para aquisição de equipamento e reforma. "O programa está focado nas maiores urgências e emergências, as que têm um papel mais decisivo no serviço de saúde mais crítico, para salvar as vidas. O Miguel Couto é conhecido por atendimento de trauma, que atende problemas neurocirúrgicos e cirurgia vascular", afirmou o ministro Alexandre Padilha.




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