Economia Titulo Habitação
'Minha Casa, Minha Vida' vai ter moradia de PVC
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/11/2011 | 07:46
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Divulgação


Um novo conceito de construção de casas populares que utiliza, como paredes, perfis (estruturas ocas) de PVC preenchidas com concreto acaba de receber a certificação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a homologação da Caixa Econômica Federal para uso, pelas construtoras, no programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

A tecnologia foi desenvolvida pela empresa catarinense Global Housing, em parceria com a petroquímica Braskem, produtora da resina termoplástica PVC, e a indústria DuPont, que fornece o pigmento branco (do produto químico dióxido de titânio), que absorve e dissipa os raios ultravioleta, para evitar rachaduras e outras degradações do plástico.

Segundo o sócio da Global Housing Roberto Gandolfo, o projeto está em desenvolvimento desde 2007, com o objetivo de oferecer ao mercado projeto de construção mais rápido, barato e sustentável. A empresa tem planta piloto em Araquari (SC) e já conseguiu que cerca de 500 casas fossem montadas dessa forma, a maioria para áreas que foram alvos de enchentes em Santa Catarina.

Gandolfo cita, entre as vantagens do produto, que é possível erguer uma casa em sete dias, frente aos 90 do sistema tradicional, com alvenaria. O conceito é simples: após a montagem da estrutura da fundação e da ferragem de reforço e da concretagem dessa base, perfis de conexão unem as peças em PVC, mantendo-as unidas, encaixadas “como se fosse um Lego (jogo de montar)” e depois há o preenchimento com concreto, explica Gandolfo.

Outro diferencial é o custo, pelo menos 10% a 15% menor, isso sem incluir benefícios indiretos dados pelo menor tempo de construção – o custo da mão de obra parada em dias de chuva, por exemplo, no modelo tradicional. Ele afirma que o metro quadrado da tecnologia concreto PVC gira em R$ 850 o m², enquanto o de alvenaria gira em torno de R$ 1.000.

A sustentabilidade também representa um diferencial, já que o sistema proporciona redução de 80% em perdas por desperdício de materiais e economia de 70% no consumo de água e energia na obra.

O vice-presidente de polímeros da Braskem, Rui Chammas, assinala ainda que o PVC, ao contrário de outros tipos de plásticos, não é inflamável. Além disso, junto com aditivos colocados no material, garante durabilidade – mínimo de 50 anos –, imunidade aos fungos e bactérias, facilidade de limpeza e conservação e baixíssima manutenção.




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