Diego Hypólito fechou sua participação no Pan-Americano com 100% de aproveitamento. Depois dos títulos por equipes e no solo, ontem foi a vez do brasileiro vencer no salto, transformando-se no grande nome da ginástica em Guadalajara. Até pelo bom desempenho, o ginasta foi convidado pelo Comitê Olímpico Brasileiro a levar a bandeira na cerimônia de encerramento do Pan, amanhã.

Primeiro a saltar ontem, Diego conseguiu a nota 15,875 colocando pressão sobre os concorrentes, principalmente no chileno Tomás Gonzalez, que errou um dos saltos e depois conseguiu 15,587, insuficientes para alcançar o brasileiro, mas que lhe renderam a medalha de prata. O bronze ficou com o canadense Hugh Smith.

O dia ficou ainda mais feliz para a família Hypólito quando Daniele, irmã de Diego, recebeu a notícia que ficou com medalhas de bronze nas apresentações no solo e na trave, chegando à nona conquista em Jogos Pan-Americanos.

"Estou feliz por ela. A Dani merece, é uma menina de 27 anos de idade que está aí, determinada, melhor que anos atrás, melhor que em 2008, melhor que em 2007. Ela está voltando à forma física que ela tinha quando era nova. Ainda tem falhado em competições por estar voltando ao nível internacional como principal do Brasil", elogiou Diego no papel de irmão-coruja.

Os outros brasileiros tiveram desempenho modesto ontem. Sergio Sasaki, lesionado, disputou final das barras paralelas e ficou na quinta colocação. Já Petrix Barbosa, último do dia a competir, foi o quarto na barra fixa.

Bruno Silva fatura medalha de ouro no judô em apenas 17 segundos

O judoca brasileiro Bruno Silva precisou de apenas 17 segundos para aplicar um ippon (golpe completo), derrotar o argentino Alejandro Clara na final da categoria até 73 kg e faturar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, ontem.

Já Leandro Cunha teve caminho bem mais tortuoso até o primeiro lugar do pódio na categoria até 66 kg, Ele estreou direto na etapa de quartas de final e eliminou o canadense Sasha Mehmedovic logo no primeiro combate.

A luta foi controversa: Cunha teve de aplicar três ippons para vencer. Os dois primeiros foram invalidados pelo árbitro.

Depois, passou por cima do mexicano Francisco Carreon e conquistou vaga na decisão da modalidade.

Na final da categoria, o brasileiro derrotou a zebra norte-americana Kenneth Hashimoto. Leandro começou melhor no duelo e aplicou um yuko (um quarto de ponto) no oponente logo de cara. Depois, conseguiu aplicar um wazari  (meio ponto) e tentou a imobilização do braço do adversário, mas o adversário escapou em tempo.

Leandro ainda somou outro yuko na sequência, pouco antes de o norte-americano receber a terceira punição e dar outro ouro ao Brasil.

No feminino, Rafaela Silva foi superada pela cubana Yurisleidys Lupetey na final de ontem. Com o resultado, a atleta garantiu a prata na categoria até 57 kg, e viu Cuba ganhar mais um ouro no Pan-Americano mexicano.

Já a judoca Katherine Campos foi derrotada pela canadense Stéfanie Tremblay por ippon e deixou de conquistar a medalha de bronze na modalidade.

Lucélia Ribeiro amplia domínio no caratê e conquista o tetra

A carateca brasileira Lucélia Ribeiro se tornou tetracampeã pan-americana. Na noite de ontem, a atleta conquistou a medalha de ouro na categoria até 68 kg, nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, ao bater, por decisão dos juízes, a mexicana Yadira Lira.

Depois de diversos lances polêmicos e sem pontuações (na modalidade não é válido o nocaute), o combate ficou no 0 a 0, e os árbitros favoreceram a atleta brasileira na decisão por vantagens.

O fato irritou para valer o público mexicano, que vaiou a derrota da competidora da casa.

A também brasileira Jessica Cândido não conseguiu passar pela quarta luta no Pan. Ela já havia vencido três eliminatórias, foi derrotada nas semifinais da categoria até 50 kg pela dominicana Ana Villanueva. Com esse resultado, ficou apenas com a medalha de bronze.

Este foi o segundo bronze conquistado pelo caratê em Guadalajara, já que o brasileiro Douglas Brose também levou a medalha na categoria até 60 kg.

Canoagem do Brasil festeja vaga para Olimpíada

Os brasileiros Erlon Silva e Ronilson de Oliveira festejaram ontem a medalha de prata na canoagem dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, na categoria C2 1000 m. O resultado colocou os dois na Olimpíada de 2012.

Erlon e Ronilson ficaram em segundo lugar com o tempo de 3min40s482, atrás apenas dos cubanos Karel Aguilar e Serguey Torres, que completaram a prova em 3min39s280. A Venezuela (3min40s990) ficou com o bronze.

"É uma emoção muito grande. Muito mais que a medalha, a conquista da vaga olímpica. Treinamos muito a largada e esse foi o diferencial, pois seguimos juntos com os cubanos até a linha de chegada", afirmou Ronilson.

Erlon, que saiu da raia completamente esgotado, também destacou a conquista da vaga para Londres. "Nossa meta era a Olimpíada. Por isso, a prata vale como se fosse ouro. Me desgastei muito durante a prova. Quando terminou, sentia dor nos braços e nas pernas. O esforço foi grande, mas valeu a pena", declarou.

"Erlon e Ronilson mostram evolução a cada evento internacional que participam. Estão todos de parabéns", disse Sebastián Cuattrin, supervisor do Comitê de Canoagem Velocidade da Confederação Brasileira de Canoagem.