O Centro de Mauá deverá ganhar mais um terminal de ônibus até o fim do ano que vem. O prefeito Oswaldo Dias (PT) se reuniu ontem com o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, Joaquim Lopes, para discutir a implementação do novo equipamento. A administração municipal ofereceu à EMTU quatro terrenos na região central, que serão analisados por uma equipe técnica na terça-feira.

Após a visita, engenheiros da EMTU irão elaborar relatório com a indicação de qual das áreas é mais adequada para o funcionamento do serviço. A definição do terreno deverá ser feita após 30 dias. Em seguida, a EMTU terá três meses para elaborar o projeto e definir valores. A estimativa é de que sejam investidos cerca de R$ 3 milhões. Após realização de licitação, a obra deverá ter início no segundo semestre de 2012.

O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Renato Moreira dos Santos, que também participou da reunião, explica que a nova estação receberá ônibus municipais e intermunicipais.

O atual terminal continuará funcionando e deverá passar por reforma em 2012. A administração aguarda a liberação de verbas do Ministério do Turismo para iniciar as intervenções. "Esta nova estrutura será de uso misto e não irá interferir no funcionamento do terminal já existente", avalia o secretário.

O presidente da EMTU informa que, em julho, a Prefeitura já havia oferecido dois terrenos para apreciação da empresa, mas as áreas foram rejeitadas por não se enquadrarem em critérios técnicos. "Não é só olhar as condições topográficas do terreno. É preciso avaliar se o local comporta o movimento das linhas e se a lei de ocupação do solo permite esse tipo de atividade", explica.

Objetivo é racionalizar linhas intermunicipais 

A construção de mais um terminal de ônibus em Mauá faz parte do projeto da EMTU para racionalizar o itinerário das linhas intermunicipais na região. O objetivo da empresa é diminuir a sobreposição entre itinerários municipais e metropolitanos. "O nosso papel é promover o deslocamento entre as cidades, e não concorrer predatoriamente com o sistema municipal. Tem que funcionar em rede", aponta o presidente Joaquim Lopes.

A ideia é fazer com que as linhas intermunicipais deixem de entrar nos bairros, o que aumenta a extensão do itinerário e, segundo Lopes, aumenta os custos da operação. Com a estruturação do serviço, o deslocamento para as regiões periféricas deve ficar a cargo dos ônibus municipais, por meio de integração.

Além de Mauá, o presidente informa que foi procurado pela Prefeitura de São Caetano para a reforma do Terminal Nicolau Delic. "Nosso departamento de engenharia está examinando o local e irá elaborar levantamento dos recursos necessários." 

Lopes avalia que a organização da rede irá auxiliar a empresa na realização de licitação para as linhas do Lote 5 - que abrangem a região. "Para isso, precisamos vencer algumas etapas, como a criação de um diagnóstico completo das linhas."