Ontem, último domingo antes do Dia das Crianças, os shoppings da região registraram movimento intenso, embora muitos lojistas avaliem que o desempenho das vendas não apontará crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.

A estimativa é semelhante à feita pela assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, que projeta empate ou, no máximo, alta de 2%. Para a Fecomercio, a elevação da taxas de juros ao consumidor, que subiram cinco pontos percentuais desde janeiro, e atingem 46% ao ano agora, atrapalham a efetivação de negócios.

O empresário Osvaldir Bertho Bono, presidente da Associação de Lojistas do Shopping ABC e dono da rede de lojas Mais Valdir, ainda torce para alcançar 5% de expansão, o que dependerá dos três dias que faltam (incluindo a quarta-feira, dia 12, quando se comemora a data). "Normalmente sou extremamente positivo, mas neste ano está atípico", afirma. Para ele, apesar do bom fluxo de público no centro de compras, onde fica uma de suas unidades, há esforço redobrado em alcançar faturamento superior ao do período de 2010. Segundo o comerciante, alguns produtos baixaram de preço em relação ao ano passado. "Uma câmara fotográfica que no ano passado custava R$ 500 hoje está saindo por R$ 300", exemplifica.

Dino Colonnelli, franqueado que tem quatro lojas de brinquedos PB Kids na região, diz que a expectativa é de faturamento quase igual ao do ano passado. "Esperávamos crescer 10%, mas por enquanto estamos empatados", afirma. Ele considera que as notícias de interrupções de produção das montadoras podem ter assustado um pouco o consumidor, mas ressalva que muita gente deixa para a última hora, e que pode ter impulso nas vendas até quarta.