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Psicóloga avalia comportamento de garoto armado
Do Diário OnLine
22/09/2011 | 21:08
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Diversas situações podem levar uma criança a entrar armada em uma escola, atirar em uma professora e, sem seguida, se matar, como aconteceu na tarde desta quinta-feira na Escola Municipal de Ensino Alcina Dantas Feijão, em São Caetano. Uma das razões levantadas pela psicóloga Thais Petroff é o bulliyng, assunto muito abordado pela mídia.

Para ela, o fato de uma criança sofrer provocações de colegas e sentir que a professora não está lhe protegendo pode provocar comportamentos irracionais, assim como no caso de uma bronca mal interpretada, vista como humilhação.

A psicóloga explica ainda que há pessoas que são esquivas e que, diante do problema, começam a evitá-lo. Há outras, no entanto, que lidam de forma mais assertiva, dizendo o que pensam e o que sentem. Há ainda aqueles que tratam de assuntos com agressividade. "Se adoto um comportamento e tenho o problema resolvido, a chance de eu repeti-lo é muito grande, e com criança essa possibilidade é ainda maior, já que elas são impulsivas e não avaliam tanto quanto um adulto as consequências de seus atos", disse.

Segundo Thais, o garoto de São Caetano pode ter acumulado raiva e tensão e ter querido resolver a situação neste dia. "Todas as pessoas que se suicidam vêem neste ato uma forma de resolver o problema, mas o raciocínio não é tão complexo para uma criança. Não há avaliação de prós e contras", esclarece.


Pais podem identificar problemas em casa

Sinais de que algo não anda bem com o filho podem ser percebidos pelos próprios pais já dentro de casa. "Criança normalmente é alegre, agitada, mas se ela anda mais triste, depressiva, pode ficar de olho e ter certeza que algo está errado", afirmou a psicóloga Thais Petroff.

As reações frente à escola podem ser um forte indicativo. "Se começa a chorar muito, a sentir dor de cabeça, dor de barriga quando está em aula, pode ficar atento. Quando uma criança não está bem, há sintomas físicos envolvidos", disse.

Thais também acredita que as brincadeiras representam o estado de espírito dos pequenos. Jogos violentos, personagens sem motivação, que reclamam ou choram muito são outra forma de visualizar que há um problema.

Ela ainda orienta os pais a como lidar com o assunto. "Tem-se que se trabalhar o cotidiano, com perguntas sobre como foi o dia dela, quais são os nomes dos coleguinhas e das pessoas com quem ela teve contato. O problema é que com a correria os pais não têm tempo para esse olhar, para brincar com os filhos e de olhar os recados dos professores nos cadernos."

Além disso, frequentar um psicólogo também pode ajudar. "Nos consultórios, trabalhamos com estratégias de enfrentamento de situações. Fortalecemos o autoconceito", acrescentou.




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