Conforme o antecipado pelo Diário em julho, o vereador Atila Jacomussi será candidato a prefeito de Mauá pelo PPS. O anúncio foi feito em conjunto pelo parlamentar e o presidente municipal do partido, Erismar Clementino, o Mazinho, que descarta a possibilidade de prévias na sigla para a eleição de 2012. Atila se desfilia hoje do PV e assina o ingresso entre os populares-socialistas na sexta-feira, em ato na Câmara.

Encabeçar o projeto do PPS para chegar ao comando do Paço marcará o início da segunda passagem de Atila pela legenda. Em 2004, foi eleito para seu primeiro mandato na Câmara pelo partido, mas migrou para o PV em 2007. No ano seguinte, se tornou o vereador mais votado da história de Mauá, com 8.432 votos. A "volta à casa", como define, engrossa a estratégia do partido em se consolidar como a terceira força do Grande ABC (atrás de PT e PTB) a partir do ano que vem.

Com a proposta, revela se espelhar no chefe do Executivo de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB). Para o parlamentar, programas implantados pelo petebista na área Social - como o Profamília - tornam o prefeito referência para o País. Auricchio é aliado do deputado estadual Alex Manente (São Bernardo), coordenador regional do PPS e principal fiador da pré-candidatura de Atila.

"Mauá precisa sair da utopia política. Para isso, é necessário investir pesado no desenvolvimento social, como o Auricchio fez em São Caetano, se tornando exemplo a ser seguido", elogia.

AGULHADA

Pregar renovação em Mauá sendo filho do ex-vereador por sete mandatos Admir Jacomussi (ex-aliado do ex-prefeito Leonel Damo), segundo Atila, não é incompatível - ele afirma que colocará o pai no palanque.

"Não tenho porque me desvincular. Não vou virar as costas para quem me iniciou na vida política. Um filho nunca deve virar as costas para o pai", aconselha, em recado direto à deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), também pré-candidata ao Paço, que luta para desassociar sua imagem à do grupo político do pai, Leonel Damo.

ALIANÇAS

Apesar de o PSDB recusar aliança com Atila, o presidente municipal do PPS, Mazinho, não perde as esperanças na parceria. Para ele, "falas infelizes" proferidas pelo mandatário tucano em Mauá, Márcio Canuto, e pelo vereador Edimar da Reciclagem, tendem a ser repensadas. "Estamos abertos a compor com pessoas sábias. O Edimar tem o olho no futuro e precisamos de gente assim."

Já Atila insiste na tentativa de aglutinar o apoio de Chiquinho do Zaíra (PTdoB), com quem reitera ter selado acordo em 2010, quando apoiou o ex-prefeiturável na corrida à Câmara dos Deputados. "Ele é homem de palavra. Aguardo sua definição."