Cenas lamentáveis após o empate por 1 a 1 entre Santo André e Joinville, na tarde deste domingo, no Estádio Bruno Daniel. Depois de o árbitro encerrar a partida, alguns torcedores desceram das arquibancadas e correram em direção ao vestiário do time, sob a justificativa de que um atleta teria mostrado o dedo médio a eles. Após chutarem a porta na tentativa de invasão e agredirem o fisioterapeuta do clube, Jamanta, os jogadores partiram para o confronto, que resultou em dois vidros quebrados e cortes em um dos pés do zagueiro Daniel Gigante e no cotovelo do assessor de imprensa Miguel Fagundes.

A Polícia Militar chegou pouco depois do início da confusão e colocou a torcida para fora do estádio. O administrador do Bruno Daniel, Ronaldo Musial, lamentou os fatos e indicou os causadores da baderna. "Não é a primeira vez que a torcida Fúria Andreense tem esse tipo de comportamento. Já picharam os muros, depredaram outros patrimônios... Vamos acionar nosso departamento jurídico, porque existem leis municipais e federais que enquadram esse tipo de vandalismo. Temos imagens, faremos o Boletim de Ocorrência e encaminharemos tudo ao Ministério Público", afirmou.

Na opinião do diretor de futebol do clube, Luiz Antonio Ruas Capella, disse que se algum jogador incitou a torcida "será punido", mas que isso não justifica a ação da torcida. "São desassociados que não querem o bem do Santo André. Além de lutar contra o rebaixamento, temos que brigar também contra essa agressividade. Todos aqui têm família e é inadmissível uma coisa como essa. Lugar de bandido é na cadeia!", disse o dirigente.

O árbitro carioca Wagner do Nascimento Guimarães relatou os incidentes na súmula da partida e o Santo André pode perder mandos de campo para os próximos jogos em casa. Pela Série C, tem apenas mais um pela primeira fase, contra a Chapecoense. A pena, porém, pode se estender ao ano que vem.