A sessão de ontem na Câmara de Mauá foi marcada por discussão acalorada sobre o desempenho da Cello Auto na prestação dos serviços de estacionamento rotativo pago na cidade. Ivan Gomes, o Batoré (PP), ameaçou inclusive deixar a base de sustentação ao governo do prefeito, Oswaldo Dias (PT).

"Estou cansado de carregar tijolo nas costas nesses dois anos e meio na sustentação. Estou por uma beiradinha", avisou o progressista, inconformado com a demarcação de vagas e a cobrança de estacionamento em ruas residenciais, especialmente nos jardins Zaíra e Itapeva, e na Vila Bocaina, onde mora.

Apesar do descontentamento, Batoré ajudou a aprovar, em 2010, projeto do Executivo que redefiniu regras de exploração de estacionamento em vias públicas. A peça determinou que o valor da tarifa e os logradouros seriam definidos pelo Executivo - estacionar por 30 minutos custa R$ 0,75. "Estão loteando Mauá", concluiu o político/humorista.

Professor Betinho (PSDC), que também votou favorável à matéria no ano passado, defendeu a regulamentação. "O problema é que a empresa tem sido muito agressiva. Onde cabem 11 carros, demarcam 15 vagas." Alberto Betão Pereira Justino (PSB) e Manoel Lopes (DEM) também reclamaram.

Em resposta imediata aos colegas, o líder do governo, Rômulo Fernandes (PT), prometeu que convidará o secretário de Mobilidade Urbana, Renato Moreira (PT), para reunião com os vereadores na Câmara até sexta-feira.