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Isotônico não é refrigerante
Marcela Munhoz
Diário do Grande ABC
07/08/2011 | 07:00
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Não sabe como ficar acordado? Que tal um energético para ficar ligado? Suou muito na academia? É bom tomar um isotônico para repor a energia. Desta ou de outra maneira, você já deve ter ouvido falar sobre as ‘maravilhas' que as duas bebidas podem oferecer. Nisso só há uma parte de verdade: tem de tomar cuidado! Nem todo mundo pode ingerir isotônicos e energéticos, e ninguém deve fazê-lo com a frequência com que se bebe suco ou refrigerante. É preciso moderação e bom senso.

Os energéticos - vêm em latinhas finas - têm insignificante quantidade de álcool (embora muitos os misturem à bebida alcoólica), mas têm 30% a mais de cafeína do que um café expresso. Além disso, alguns, contêm em sua composição açúcar demais, sem contar nos outros componentes como taurina, glucoronolactona e inositol. Por isso, consumidos em doses bem elevadas (mais do que duas latinhas), podem provocar nervosismo, ansiedade, insônia, tremores, dores de cabeça e até distúrbios neurológicos. Para piorar, podem causar dependência leve, aumentar o batimento do coração e desidratar o corpo.

Já os isotônicos - vendidos em garrafas e consumidos, em sua maioria, por atletas - não possuem cafeína em sua composição e são usados para repor água, sais minerais e carboidratos perdidos durante exercícios físicos. Hidratam rapidamente o corpo e fornecem energia.

Pesquisa da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, revela que adolescentes e adultos associam o consumo de isotônicos a uma vida saudável e bebem quantidades exageradas. Por causa da sacarose (tipo de açúcar) têm dificuldades de emagrecer.

Além da sacarose, possui grande concentração de sódio, potássio, cálcio e magnésio. Por isso, diabéticos, doentes renais e pessoas com pressão alta devem evitar. É recomendado apenas para quem pratica atividades intensas, como mais de uma hora de exercícios no sol e corridas longas (10 km). O melhor repositor mesmo é água e água de coco.

 

Não pode misturar álcool e energético

Por mais que seja comum encontrar gente misturando bebida alcoólica com energético na balada - para ficar mais docinho -, o hábito é muito perigoso justamente por isso.

O álcool compromete a coordenação motora e diminui a atenção. A pessoa fica com sono e sente que seus sentidos ficam alterados. Já o energético causa sensação contrária, de que tudo está sob controle. A mistura dos dois acaba sendo uma bomba, já que por ficar mais agradável e sentir menos os efeitos do álcool, a pessoa acaba bebendo mais.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, a venda de energéticos é autorizada no Brasil desde 1998, após a avaliação da agência sobre a segurança dos produtos. No entanto, há requisitos específicos de composição: taurina (máximo 400 mg/100 ml); cafeína (35 mg/100 ml); álcool etílico (0,5 ml/100 ml); inositol (20 mg/100 ml); clucoronolactona (250 mg/100 ml).

Além disso, as embalagens devem conter obrigatoriamente as advertências de forma clara e visível: "Crianças, gestantes, nutrizes (que estão amamentando), idosos e portadores de enfermidades: consultar o médico antes de consumir o produto" e "Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica".




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