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Para petista de Mauá, PMDB será principal rival
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
10/07/2011 | 09:00
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Fernando Nonato/DGABC


A eleição municipal será em outubro do ano que vem, mas os petistas de Mauá já elegeram o principal adversário do pleito que está por vir: a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB). Para eles, a corrida pelo comando do Paço será polarizada entre o prefeito, Oswaldo Dias (PT), e a parlamentar.

O presidente da Câmara, Rogério Santana (PT), é quem puxa a projeção. "O PMDB pode vir a ser um adversário nosso e daí a tensão passa a ser maior e mais localizada. Isso é natural", disse.

O vereador não escondeu que o PT mauaense acompanha bem de perto a situação dos diretórios peemedebistas municipal e estadual. "Há muitas indefinições lá, uma tensão no Estado, movimentação na federal para conter decisões estaduais. Não sabemos como será o desfecho na cidade", analisou.

Nacionalmente, PT e PMDB são fortes aliados, tendo em vista que Michel Temer (PMDB) é o vice da presidente Dilma Rousseff (PT). Ainda não se sabe se as alianças nacionais serão repetidas nos municípios. Às vezes as peculiaridades locais são respeitadas.

Em Mauá, o PMDB historicamente adota postura de oposição ao PT. Em 2008, Paulo Bio foi vice na chapa de Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra (ex-PSB, atual PT do B). No mês passado, o diretório foi dissolvido e José Carlos Orosco Júnior, marido de Vanessa, assumiu o posto, fortalecendo ainda mais o caráter anti-PT.

Sobre a conjuntura, Oswaldo adotou tom cauteloso. "Não sei se o PMDB será nosso adversário. Não escolhemos quem vamos enfrentar. Ainda é muito cedo para discutir 2012", desconversou o prefeito.

Se para o petista o assunto é muito prematuro, para a deputada peemedebista o tema já é pauta frequente. "Se minha candidatura se viabilizar, será a principal de oposição, pois quem vem brigando por recursos e cobrando ações juntamente com a população sou eu. Acredito que terão outros candidatos, mas meu nome será protagonista, pois coloco o dedo na ferida", analisou Vanessa.

A parlamentar a aproveitou para alfinetar o chefe do Executivo. "Acho que ele não está em contato com os munícipes da forma que deveria. A popularização do meu nome acaba sendo natural. A polarização é clara", finalizou.

VELHOS CONHECIDOS - O embate entre o petista e a família Damo ocorre há mais de duas décadas. Nas duas oportunidades que duelaram nas urnas, o pleito foi para o segundo turno com Oswaldo saindo vencedor. A primeira disputa foi em 1997. Leonel Damo (ex PV, atualmente sem partido), pai de Vanessa, era candidato do governo, indicado por José Carlos Grecco (PSDB). O petista vinha da Câmara como figura de oposição.

Já em 2000, os papéis se inverteram. Oswaldo buscava a reeleição e Damo fazia o contraponto à gestão.




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