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Deslizamento mata 2
na divisa de Diadema
Do Diário OnLine
07/07/2011 | 12:07
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Celso Luiz/DGABC


O Corpo de Bombeiros terminou por volta das 16h40 desta quinta-feira as buscas por vítimas do deslizamento de terra ocorrido na tarde de hoje, que matou Tamires dos Santos Ferreira, 18 anos, grávida de cinco meses, e Yohan de Jesus, 3. Agora, os bombeiros trabalham na estabilização do terreno. O acidente aconteceu no Morro do Macaco, na Rua da Saúde, na Cidade Ademar, em São Paulo, próximo da Avenida Alda, em Diadema.

Duas pessoas foram socorridas com vida, entre elas Igor de Jesus, 15, que sofreu escoriações e foi levado ao Hospital Municipal de Diadema. Ele apresenta quadro estável e não corre risco de morte.

Dez casas atingidas serão totalmente demolidas nas próximas horas pela Defesa Civil. Outras 50 moradias foram lacradas, mas não há previsão de quando serão desinterditadas. Um terreno ao lado do morro também foi bloqueado.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que uma obra de contenção de encosta era realizada no local, considerado de risco. A suspeita é que uma retroescavadeira que estava no alto do morro tenha caído e provocado o deslizamento de terra. Contudo, o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, Jair Paca de Lima, afirmou na tarde de hoje que não acredita que este seja o motivo do acidente. Para ele, o deslizamento pode estar relacionado a ligações clandestinas de águas e esgoto. Geólogos da Defesa Civil serão enviados ao local para tentar identificar as causas da tragédia.

Tragédia anunciada - Mais cedo, em visita ao local do acidente, o Secretário de Habitação Municipal de São Paulo, Ricardo Pereira Leite, já havia dito que não considerava que os trabalhos tenham influenciado no deslizamento.

Ele relembrou que as obras no local começaram há cerca de um ano e meio e que 422 famílias já haviam sido transferidas por meio do programa Aluguel Social. Segundo ele, o restante dos moradores teria se recusado a deixar suas casas. Por isso, a Prefeitura estaria acompanhando o desenrolar da situação.

Leite ainda disse que aqueles que perderam suas casas ou não podem retornar a elas devem ir para a casa de parentes ou ser levados a um hotel. A Administração irá analisar as situações individualmente.

O vereador de Diadema Célio Lucas de Almeida (PSB), que mora na região há 22 anos, tem uma opinião diferente. Para ele, essa era uma tragédia anunciada. Há cerca de 20 dias, moradores se reuniram com os engenheiros da obra para reclamar das constantes quedas de pedras. Na ocasião, a equipe garantiu que não havia riscos.

A população do local chegou a interditar a obra por quatro dias, mas os trabalhos foram retomados. Mesmo antes do acidente, já corria no Ministério Público uma ação para a retirada das famílias. (Com informações de Renan Fonseca e Elaine Granconato)




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