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Volpi vai para Brasília em
busca de parecer do STF
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
09/06/2011 | 07:49
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O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), vai até Brasília, na terça-feira, para buscar o parecer do Supremo Tribunal Federal acerca do seu desejo de concorrer ao Paço de Mauá, no ano que vem. A consulta foi realizada no começo de abril e ainda não há previsão para que o resultado saia, segundo STF.

A expectativa, entretanto, não é das melhores. Advogados próximos ao chefe do Executivo garantem que é muito difícil o órgão emitir resultado favorável à ambição do verde. O Judiciário deve usar prerrogativa de prefeito itinerante. No começo do ano, o Tribunal Superior Eleitoral julgou diversos políticos inelegíveis por este motivo. Além disso, caso fosse eleito na cidade vizinha, Volpi estaria em seu terceiro mandato, o que não é permitido pela Constituição Federal.

Se a desconfiança dos advogados se confirmar, o chefe do Executivo desiste da empreitada. A candidatura seria permitida somente com liminar o que, na visão de Volpi, atrapalharia a campanha, pois seria prato cheio para seus adversários.

Aproveitando sua viagem, o prefeito marcou agenda com José Luiz Penna, deputado federal e presidente nacional do PV. "Temos discussões de grupos e preciso me inteirar do que está acontecendo. Porque você fica de ouvir dizer e isso gera questões", disse Volpi. O momento vem a calhar com indefinição do partido e alguns problemas de relacionamento, principalmente na militância do Grande ABC.

Apesar disso, o prefeito disse que a pauta da reunião será mais ampla. "Vou querer saber quais são os destinos do partido. O que o PV está pensando para as eleições do ano que vem", reiterou. A situação de Ribeirão Pires não será tratada. "Isso é decidido no diretório municipal e não tem necessidade de levar ao Penna", analisou.

Ao que tudo indica o escolhido para ser candidato governista ao Paço não será um verde e isso tem gerado desavenças na legenda. Dos quatro cotados, somente um é do PV, o presidente da Câmara Gérson Constantino. Na corrida também estão a secretária de Educação, Rosi de Marco (PR), o comandante da Pasta de Governo, Nonô Nardelli (PR), e o vice-prefeito Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS).

No domingo, o Diário publicou reportagem na qual a coordenadora do PV na bacia hidrográfica do Grande ABC, Vera Motta, declarou que a missão do chefe do Executivo era eleger sucessor do PV. "Sei quais são minhas tarefas. É escolher um bom prefeito para Ribeirão Pires. O bom quadro é aquele que vai governar com os mesmos princípios básicos que governei. Essa pessoa pode estar dentro do PV, como não", ressaltou.

O chefe do Executivo voltou a citar seus aliados. "Não governei só com o PV, se fosse assim seria impossível. Existiam e existem partidos com quadros bons e que estão no governo. Respeitei muito isso. Se fiz um bom governo, devo também a esse grupo", avaliou. O fato causou atritos entre o prefeito e Vera, durante reuniões partidárias. Numa ocasião, Volpi ameaçou deixar a sigla.




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