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Ferroviários irão
aderir 100% à greve
Do Diário OnLine
01/06/2011 | 15:39
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O Sindicato dos Ferroviários informou que os trens das linhas 10 Turquesa (Luz - Rio Grande da Serra) e 7 Rubi (Luz-Francisco Morato) também irão aderir à paralisação a partir da 0h de quinta-feira. A decisão foi tomada em assembleia realizada no início da noite de hoje, na sede do sindicato. Uma nova reunião foi agendada para as 18h de amanhã a fim de definir o futuro da greve. As duas linhas eram as únicas que ainda não haviam suspendido os serviços.

Com a adesão, os trabalhadores das linhas 8 e 9 decidiram ampliar a greve para toda a linha, que durante esta quarta operou parcialmente. Para tentar conter o caos, a CPTM acionou a operação Paese (Plano de Apoio entre as Empresas em Situação de Emergência) entre os trechos parados, com ônibus gratuitos.

Entre as reivindicações da categoria estão aumento salarial real e do vale-refeição, mudança no plano de carreira e adicional por risco aos funcionários de estações.

A decisão de greve desrespeita a decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que previa que 90% dos ferroviários deveriam trabalhar durante o horário de pico, ou seja, das 5h às 10h e das 16h às 20h, e 70% nos demais horários.

Ônibus - Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, os rodoviários da região decidiram manter a greve iniciada hoje à 0h. Motoristas e cobradores não aceitaram a proposta de reajuste salarial de 8%, oferecida pelos empresários. Os trabalhadores exigem aumento de 15%. Uma audiência de conciliação foi marcada para às 14h de amanhã, mas o rumo da paralisação só deverá ser decidido a partir das 15h, quando ocorrerá uma nova assembleia.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 800 pessoas compareceram à reunião. Já os organizadores estimaram a presença de 2 mil trabalhadores no local.

A adesão ao movimento grevista é grande na região, segundo o Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC. Em Mauá, 100% da categoria está parada. Em Santo André, há paralisação de 95% da frota. São Caetano tem adesão de 90%, seguida por São Bernardo (85%), Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra (ambas com 50%). As empresas de Diadema não aderiram à greve.

O sindicato patronal sinalizou que não mudará a proposta já oferecida aos trabalhadores. Gerente jurídico da AETC/ABC (Associação das Empresas de Transporte Coletivo do ABC), o advogado Francisco Bernardino Ferreira afirmou ao Diário que a decisão agora está com a Justiça.

"Toda e qualquer proposta colocada anteriormente deve ser desconsiderada, vamos decidir no Tribunal", disse o representante da entidade. O advogado afirmou que a oferta de reajuste das viações representava "extremo esforço das empresas, mas o sindicato dos trabalhadores não entendeu assim".

Bernardino Ferreira disse que formalizou hoje no Tribunal Regional do Trabalho o pedido de dissídio coletivo. "Estamos pedindo multa por paralisação e desconto dos dias parados."

Trânsito - A paralisação deixou o tráfego carregado durante todo o dia. Em São Bernardo, a Rua Jurubatuba, a Avenida Pereira Barreto - tanto em São Bernardo quanto em Santo André-, Avenida Taboão até a extensão da Rudge Ramos, além de toda a região central da cidade, apresentam congestionamento na noite de hoje. Em Mauá a situação é crítica nas ruas Barão de Mauá, João Ramalho e Papa João XXIII, sentido Santo André.

Após a greve dos trólebus, alguns coletivos precisaram ser escoltados por policiais, o que atrapalhava o tráfego na Avenida XV de Novembro, em Santo André, na altura do Paço Municipal. (Com informações de Fábio Munhoz e Camila Galvez)




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