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Mauá visa contratar outra
empresa de bilhetagem
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
03/05/2011 | 07:45
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O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), lançou ontem edital de licitação para contratar empresa de gerenciamento do sistema do cartão DaHora, o bilhete único da cidade. A previsão de custos é de R$ 3,6 milhões, por 12 meses (R$ 300 mil mensais).

Atualmente, a PK9 Tecnologia e Serviços Ltda é responsável pelo serviço - a contratação é emergencial e deve ser encerrada após a definição da vencedora do certame. Ela implementou o sistema no ano passado e gerencia o processo. Segundo a administração, os recursos não sairão dos cofres municipais, já que são as companhias que operam os ônibus, Leblon e Cidade de Mauá, que pagarão a conta.

Por determinação contratual, as concessionárias deveriam gerenciar o sistema de bilhetagem eletrônica, mas, por divergências entre as diretorias das operadoras, a Prefeitura faz a intermediação do serviço. Uma parte da arrecadação das catracas é repassada ao Paço, numa espécie de compensação. Mas, no edital da concorrência divulgado ontem não constam essas informações.

Os serviços realizados hoje pela PK9, por R$ 380 mil por mês, são justamente os que terão de ser executados pela vencedora: suporte, consultoria, planejamento e apoio à Secretaria de Mobilidade Urbana no gerenciamento, supervisão e execução do sistema integrado de crédito eletrônico do transporte público.

Venda e recarga dos cartões em seis guichês no terminal rodoviário, 16 pontos de comercialização de créditos unitários, além da solicitação do cartão DaHora pela internet, são algumas das obrigações previstas no texto da licitação. Parecido com o atual formato implementado pela PK9. Os envelopes com documentação e proposta financeira terão de ser entregues dia 12, às 10h, no departamento de compras do Executivo.

Oswaldo Dias deve anunciar novidades nos próximos dias com relação à bilhetagem eletrônica. O Paço não confirma, mas especula-se que seja sistema de integração fora dos terminais. Assim, um mesmo bilhete vale por períodos de meia-hora, uma hora, conforme a utilização das linhas.

A direção da empresa Cidade de Mauá não foi encontrada para comentar o assunto. A Leblon ressaltou que acompanha a concorrência e simplesmente aguarda a definição da questão.

POLÊMICA

A PK9 está envolvida em situação polêmica, noticiada pelo Diário em dezembro. Apesar de implementar o cartão DaHora e unificar o sistema de bilhetagem eletrônica do município, a empresa não possui entre seus ramos de atividade nenhuma função relacionada ao trabalho exercido na cidade.

Na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), está registrada no segmento de construção civil. No comprovante de inscrição do CNPJ, na Receita Federal, apresenta como descrição econômica principal "atividades de monitoramento de sistemas de segurança".

O departamento jurídico da empresa informou que não existe qualquer impeditivo legal para a prestação de serviço à Prefeitura de Mauá, porque o contrato firmado não exige qualificação específica. Sobre a licitação aberta ontem, a PK9 não se pronunciou.




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