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Oswaldo Dias desconfia de Márcio Chaves
Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
19/04/2011 | 07:31
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O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), concedeu em meados de março ao correligionário Márcio Chaves 30 dias para encerar projetos particulares - de consultoria empresarial - e assumir o comando da Arsae (Agência Reguladora de Serviços de Água e Esgoto).

O prazo dado por Oswaldo venceu e, até agora, nem ao menos Márcio entrou em contato com o prefeito para dar uma posição. Aliás, quem foi atrás de notícias de Márcio foi o próprio chefe do Executivo mauaense. Ele afirmou que ligou nesta semana para o prefeito de Votorantim, Carlos Pivetta (PT), cidade na qual Márcio presta serviços de consultoria de Saneamento Básico.

Em março, Oswaldo garantiu que Márcio assumiria o cargo. Agora, já não demonstra tanta certeza. "Conversamos há oito dias e ele ficou de retornar. No momento ele está viajando. Devo falar com ele por telefone amanhã (hoje)."

O interessante é que Oswaldo declarou que, em sua opinião, embora Márcio tenha demonstrado vontade em participar do governo, "do ponto de vista financeiro e profissional" acredita que "não é um bom negócio para ele". "Hoje, um secretário recebe pouco mais de R$ 7.000. Ele deve estar dividido entre a vontade de estar no município e o lado dos projetos", ponderou o prefeito, ressaltando que cargo público restringe consideravelmente a outra atividade profissional.

Questionado se haveria motivos para que Márcio voltasse à cidade por conta da visibilidade política, Oswaldo desconversou. "Depende da intenção dele. Se quer atuar politicamente, é importante estar no município."

Márcio Chaves foi vice-prefeito de Mauá de 1997 a 2004, período dos dois primeiros mandatos de Oswaldo à frente do Paço. Em 2004 teve sua candidatura a prefeito cassada por conta do processo da exposição Túnel do Tempo.

Chefe do Executivo defende isenção de impostos para o Sesi 

A oposição ao governo Oswaldo Dias pode esbravejar, mas não mudará o teor do projeto de lei encaminhado à Câmara de Mauá na terça-feira pelo chefe do Executivo, que isenta o pagamento de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), incidente sobre reparos de construção civil, ao Sesi (Serviço Social da Indústria), sediado no Jardim Zaíra. A matéria deve ser votada hoje em segunda discussão. O benefício se justificaria por conta dos prejuízos decorrentes das chuvas de janeiro.

O oposicionista Manoel Lopes (DEM) - embora tenha votado favorável ao item - argumentou que o prefeito deveria estender o benefício aos comerciantes do bairro. Mas para Oswaldo, o Sesi é uma instituição que se diferencia dos comércios, pois presta serviços à população. "É uma entidade semipública, mesmo que sua sustentação venha de empresas." Ele negou favorecimento à instituição por estar ligada a empresários. "Isso não tem nada a ver."




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