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Roxette: old school show
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
15/04/2011 | 11:38
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No primeiro show que fez em São Paulo, no Credicard Hall, o conjunto Roxette fez os fãs voltarem ao tempo com uma coletânea de hits das décadas de 1980 e 1990. A banda fará um apresentação extra no dia 19, mas que já está com ingressos esgotados.

Recheada de canções que tocaram exaustivamente nas rádios e nas baladas de antigamente, o show do grupo chefiado por Marie Fredriksson e Per Gessle arrebatou uma plateia afinada, mais potente que os próprios artistas no palco. Muitos jovens sabiam as letras de cor, casais na faixa dos 40 anos estavam aos borbotões na casa de espetáculos.

"Dressed for Success", "Sleeping in My Car" e "The Big L", executadas logo no início do show, foram a prova de que a banda, mais do que apresentar seu novo álbum, "Charm School", veio para esgotar seu repertório clássico.

Os que não conhecem a discografia recente da banda mal tiveram tempo de chatear-se com músicas desconhecidas tocadas no palco. Mas é, também, por conta da receita do Roxette, de criar músicas com refrões pegajosos e melodias fáceis, gostosas de ouvir. Todas as canções parecem grandes composições.

Tirando a plateia lotada, que fez o show no grito e no pulo, a apresentação foi regular. Marie já não tem os agudos de antes e Gessle, o fôlego de outros tempos. Quase o espetáculo inteiro foi cantando em uníssono pelos vocalistas e pelo público. Algumas canções perderam o dinamismo das versões de estúdio, mas eram sustentadas pelas animadas pessoas presentes.

A cantora, de volta ao batente depois de lutar contra um tumor no cérebro que a deixou com sequelas, foi a grande atração da noite. Por três vezes o público do show inteiro clamou pelo seu nome.

A banda, bem entrosada, ensaiava dancinhas pelo palco. Em determinado momento, pelas mãos do guitarrista, o público teve direito a um solo de "Brasileirinho".

Foram quase duas horas de apresentação, com direito a sucessos como "Joyride", "How do You Do", "Fading Like a Flower" e "Dangerous". Quem estava na pista não tinha outra alternativa a não ser pular junto com todos. Quem ficou parado, ia quicando com as ombradas e bundadas dos mais animados.

A tríade romântica - "It Must Have Been Love", "Spending My Time" e "Listen to Your Heart" - cuja melodia e letra inteira todos conhecem, foi executada a conta gotas, para arrebatar em todos os momentos do espetáculo. Não era raro, na execução destas canções, olhar para o lado e ver homens e mulheres chorando copiosamente.

Respectivamente, a primeira foi executada no início do show. A segunda, pouco antes do fim. E a terceira, para nervosismo de todos, que achavam que não ia ter, foi a penúltima do segundo bis.

Todos, em delírio, cantaram as três do início ao fim, sustentando os agudos que Marie não consegue mais dar.




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