Durante os três primeiros meses do ano foram registrados pelo menos 38 casos autóctones de dengue (contraídos no próprio município) na região, aumento de 27% em relação ao mesmo período do ano passado (30 casos).

Em 2011, São Bernardo foi responsável por dez casos, Diadema por 26 e Santo André por dois. As demais cidades só registraram casos importados, e a Prefeitura de Mauá não forneceu dados oficiais.

A região registrou um total de 137 casos, se os importados forem contabilizados.

Os números comprovam que a região não segue a tendência estadual, uma vez que o número de casos de dengue em São Paulo foi 92,6% inferior ao registrado no mesmo período de 2010.

Apenas uma cidade paulista concentra metade das ocorrências do Estado. Segundo os dados informados ao Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), a cidade de Ribeirão Preto é responsável por 49,9% dos casos confirmados em janeiro e fevereiro, seguida por Bauru, com 7,1%, Araraquara, com 3,4%, e Santa Fé do Sul, com 2,8%.

Ontem, no início da Semana de Mobilização contra a Dengue, a Secretaria de Estado da Saúde identificou, pela primeira vez no Estado, a circulação do vírus do tipo 4 da doença. O caso foi achado em São José do Rio Preto, e a vítima já está curada. A paciente não tinha histórico de viagem recente a outros estados.

Os sintomas são os mesmos para os quatro tipos de vírus: febre alta, dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos e manchas vermelhas na pele, acompanhadas ou não de dores abdominais e sangramentos espontâneos. Os pacientes com esses sintomas devem hidratar-se, não tomar remédios por conta própria e procurar imediatamente orientação médica em uma Unidade Básica de Saúde.

Até agora o Estado tinha registrado transmissão dos vírus do tipo 1, 2 e 3. É possível desenvolver um quadro grave de dengue com qualquer sorotipo, mas a dengue tipo 4 é preocupante porque grande parte da população está desprotegida em relação a esse tipo.