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Recepção de gala para o Fabuloso
Das Agências
30/03/2011 | 07:38
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Teve tudo ontem à noite no Morumbi. Rap, rock, reggae, MPB e mais de 45 mil são-paulinos para receber o atacante Luís Fabiano, que retorna ao clube depois de o Tricolor desembolsar cerca de R$ 17 milhões ao Sevilla. O jogador teve como anfitrião o goleiro Rogério Ceni, também muito festejado pela torcida pelo 100º gol marcado sobre o Corinthians, domingo.

Antes de Luís Fabiano entrar em campo, os cantores Max BO e Jairzinho e a banda Planta e Raiz se apresentaram. Mas torcida vibrou muito quando o guitarrista Andreas Kisser puxou o hino tricolor ao som de sua guitarra. A emoção foi somente maior quando as luzes se apagaram e os são-paulinos aguardaram o tão esperado ídolo retornar ao gramado que o consagrou sete anos atrás.

"Quando fui vendido para o Porto, dei uma entrevista chorando e disse que voltaria porque aqui é a minha casa. Estou realizando isso. Desde o aeroporto recebi o carinho do torcedor na rua, e espero corresponder a tudo isso com dedicação e gols", lembrou Luís Fabiano à torcida depois de entrar em campo ao som da banda australiana AC/DC e o estádio iluminado com uma tocha de fogos. "Eu nunca havia visto uma apresentação para um jogador aqui no Brasil. É uma coisa inesquecível que vou levar para sempre. A festa foi maravilhosa, mas amanhã (hoje) começa o trabalho", garantiu o atacante.

Depois de atuar sete anos na Europa, um no Porto e outros seis no Sevilla, ele garantiu que seu objetivo sempre foi voltar ao clube do Morumbi. "Fiz de tudo para vir ao São Paulo, que sempre foi minha primeira opção. Não sei se adaptaria em outro local", opinou Fabuloso, que não esconde o sonho de retornar à Seleção Brasileira, mas "meu objetivo numero um é o São Paulo. Só penso em dar certo no São Paulo e a Seleção é consequência", destacou o atacante.

Em sua segunda passagem pelo Tricolor, Luís Fabiano espera conquistar títulos importantes. Na primeira, ele só venceu um Rio-São Paulo (2001) e um Supercampeonato Paulista (2002). "Venho para continuar minha história e para ganhar o que faltou. Tenho quatro anos (de contrato) para isso e acredito que com esse grupo é possível. Sou ídolo do são-paulino porque sempre me doei 100%. O torcedor reconhece", disse o atleta, que falou do principal ingrediente para manter o sucesso com os torcedores. "A estratégia é gol. Estou preparado, disposto a ajudar o time e conquistar algo importante", finalizou.

Rogério Ceni provoca corintianos e diz que Tricolor tem casa

Logo depois de marcar o 100º gol pelo São Paulo, Rogério Ceni preferiu não polemizar com o Corinthians. Mas ontem, o já eterno ídolo tricolor não resistiu e ironizou o rival, na apresentação do atacante Luis Fabiano que contou com mais de 45 mil pessoas.

"O fato que acontece aqui hoje (ontem) jamais acontecerá novamente. Primeiro, porque temos casa para que isso aconteça. E, além disso, temos a grande nação são-paulina", afirmou o goleiro. "Achava que vocês eram grandes antes dessa noite, mas vocês são os maiores, no Brasil não há igual", completou.

A torcida gostou da mensagem e logo entoou cantos brincando com Corinthians, chamando o rival de freguês.

O tema estádio se tornou nos últimos meses o grande motivo de briga entre as duas diretorias devido à Copa do Mundo de 2014.

O Morumbi seria o local para receber os jogos do Mundial em São Paulo, mas a CBF preteriu a casa tricolor e apoiou a construção da arena do Timão, apesar das obras ainda não terem sido iniciadas.

São Paulo quer aproveitar bom ambiente para triunfar em Recife

Em meio à festa da apresentação de Luis Fabiano e do ainda comemorado 100º gol de Rogério Ceni, o São Paulo enfrenta hoje, às 21h50, o Santa Cruz, pelo jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil. O Tricolor espera aproveitar a empolgação pelo triunfo (2 a 1) sobre o Corinthians para vencer os pernambucanos por dois gols de diferença e eliminar o duelo de volta.

"Esta vitória (no clássico) dá moral. Foi uma alegria muito grande, principalmente pelo 100º gol do Rogério Ceni. Contra o Santa Cruz, temos de ganhar para manter o moral lá em cima", destacou o zagueiro Rhodolfo. Apesar da festa, o defensor pediu concentração para o duelo em Recife. "A gente comemorou muito nestes últimos dois dias. Agora estamos em competição diferente", lembrou.

Para a partida, o técnico Paulo César Carpegiani vai contar com dois reforços: o meia Lucas, que estava na Seleção Brasileira, e o lateral-esquerdo Juan, suspenso diante do Corinthians.

O treinador testou duas formações. Na primeira, ele escalou os titulares no 4-4-2, com Rivaldo no meio-campo, no lugar do zagueiro Miranda - poupado com amidalite, mas que não deve ser problema para o confronto. A formação, no entanto, durou apenas 15 minutos porque ele sacou o veterano e colocou Xandão, na defesa, retornando ao 3-5-2.

Do lado oposto, o Santa Cruz quer encontrar dias melhores. Sem conquistar o Estadual desde 2005 e lutando por vaga na Série D do Brasileiro, a equipe pernambucana conta com o oportunismo do atacante Gilberto, autor de dez gols em dez jogos. O jogador, que estava praticamente descartado para o jogo de hoje - negocia com o Corinthians -, chegou a um acordo e fica até o fim do Estadual.

Em contrapartida, o técnico Zé Teodoro não terá o atacante Thiago Cunha e o volante Memo, ambos no departamento médico.




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