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Emprego bancário cresce 5,19% em 2010, afirma Dieese
24/03/2011 | 14:25
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O emprego formal no setor bancário cresceu 5,19% no ano passado, com a criação de 24.032 postos, ante redução de 621 vagas em 2009, de acordo com Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o levantamento, que acompanha a evolução do emprego nos bancos a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor foi responsável por uma fatia de 1,12% do total de 2.136.947 postos de trabalho gerados em todos os setores da economia brasileira em 2010.

 

No ano passado, o setor bancário do País contratou 57.450 pessoas e desligou de seus quadros 33.418 funcionários. De acordo com o Dieese, o emprego formal nos bancos cresceu de forma robusta assim como em praticamente toda a economia do País. "Os dados mostram, portanto, uma reversão da tendência de queda na ocupação do setor, observada em 2009, quando o Brasil enfrentava os efeitos da crise e quando a incerteza quanto à capacidade de o País fazer frente a ela era grande."

 

A remuneração média dos admitidos em 2010, segundo o levantamento do Dieese, foi de R$ 2.188,43 ante R$ 3.506,88 daqueles que deixaram seus empregos (diferença de 37,6%). A maior parte dos novos funcionários foi contratada para receber até 4 salários mínimos (31.064 vagas). Entre os admitidos, 98,92% possuem ensino médio completo, ensino superior incompleto ou ensino superior completo. Já entre os desligados, essa proporção é de 94,49%.

 

As mulheres ocuparam 53% das vagas criadas em 2010 no setor bancário (12.735), enquanto os homens foram responsáveis por 11.297 postos. No entanto, os salários delas continuam, em média, mais baixos. As trabalhadoras que deixaram seus empregos saíram com rendimento médio de R$ 2.887,21, valor 28,71% inferior ao dos homens desligados (R$ 4.049,92). Já entre as admitidas, o porcentual foi de 27,66%: R$ 1.833,35 ante R$ 2.534,52 dos funcionários do sexo masculino.

 

A Região Norte apresentou o maior crescimento dos postos de trabalho (6,33%), embora tenha apresentado saldo positivo de apenas 981 vagas, enquanto o Nordeste teve o pior desempenho (3,22%). O Sudeste, por sua vez, foi a região que registrou o maior número de postos abertos, 16.065. Nesta região foi observada também a menor distância entre o salário médio dos admitidos (R$ 2.383,85) e dos desligados de seus empregos (R$ 3.670,33): a diferença foi de 35,05%. Nas demais regiões do País, essa disparidade passou dos 40%.

 

Para os próximos meses, o Dieese projeta que o emprego no setor bancário seguirá em crescimento. O motivo é a expansão do setor com "ampliação do crédito, principalmente para consumo e compra de imóveis, além das vendas dos demais produtos ofertados, como, por exemplo, seguros e previdência complementar, e também pelo aumento da taxa de juros (Selic) e do spread bancário". Spread é a diferença entre o custo pago pelo banco para captar recursos e o juro que ele cobra dos clientes.




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