Fora do governo de Mauá desde 2004, o ex-vice-prefeito Márcio Chaves (PT) terá de aguardar um pouco mais para retornar à administração da cidade. O início do trabalho como superintendente da Arsae (Agência Reguladora de Serviços de Água e Esgoto), previsto para ontem, se dará somente em meados de abril.
O adiamento foi comunicado pelo prefeito, Oswaldo Dias (PT). Foi o próprio chefe do Executivo quem havia confirmado, no dia 14, que a volta de Márcio ao primeiro escalão mauaense seria ontem.
"Ele tem alguns negócios de assessoria para encerrar e por isso adiamos", explicou Oswaldo, garantindo que a ida do companheiro para a Arsae já está sacramentada. Márcio foi vice-prefeito de 1997 a 2004, período dos dois primeiros mandatos de Oswaldo à frente do Paço.
O prefeito, no entanto, optou por não entrar em detalhes sobre o assunto. "Prefiro que vocês conversem com ele. O Márcio foi quem ficou de conversar com a imprensa."
Procurado pelo Diário, Márcio Chaves estava afônico em virtude de uma crise de sinusite. Mesmo com a dificuldade na fala, justificou a situação, alegando que antes de assumir o cargo público tem de finalizar trabalhos de consultoria empresarial. "Peguei projetos e preciso de mais alguns dias para terminá-los."
CASSIMIRO DE VOLTA
Foi curta a passagem de José Luiz Cassimiro (PT) na Câmara de Mauá. Como 1º suplente do partido, ele assumiu cadeira em substituição a Paulo Suares, alçado por Oswaldo Dias ao comando da Secretaria de Finanças.
Apenas uma sessão depois, Cassimiro deixa o Legislativo para retomar seu posto de origem: secretário de Governo. O 2º suplente do PT na Câmara, Dario Duarte Coelho, será empossado hoje.
Apesar de condenado em primeira instância à perda dos direitos políticos por cinco anos pelo caso Túnel do Tempo (exposição organizada pela Prefeitura durante a corrida ao Paço em 2004 e considerada propaganda eleitoral pela Justiça de Mauá), Oswaldo Dias fala com naturalidade em concorrer à reeleição à Prefeitura em 2012.
O prefeito apega-se ao fato de o caso ainda não ter sido julgado por órgão colegiado. Em caso de revés neste quadro, Oswaldo seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa, ficando impossibilitado de candidatar-se. "Hoje não tenho nenhuma decisão de órgão colegiado contra mim", exalta.
O chefe do Executivo fez coro às análises de líderes do PT de Mauá, como o vice-prefeito, Paulo Eugênio Pereira Júnior, e o deputado estadual Donisete Braga, que se dizem unidos em torno de Oswaldo para o pleito. "Só uma eventualidade, uma avaliação ruim, ou doença pode impedir. A tendência é a candidatura à reeleição. É quase uma lógica estabelecida no processo eleitoral."
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