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Concurso da Câmara de Mauá fica só para abril
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
13/03/2011 | 07:32
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Denis Maciel/DGABC


O lançamento do edital para o concurso público da Câmara de Mauá, previsto para ocorrer em fevereiro, é agora empurrado para abril. O atraso é em virtude de os estudos sobre o levantamento de cargos a serem criados, salários de mercado e o impacto financeiro ainda não terem sido concluídos.

Apesar da demora com relação ao prazo estipulado no ano passado, o presidente do Legislativo, Rogério Santana (PT), confia que a nova meta será cumprida. Para tanto, afirma cobrar a direção da Casa periodicamente para que o edital seja publicado o quanto antes.

"Dei um ultimato à direção. Temos de publicá-lo em abril de qualquer jeito", analisa o petista. Em sua defesa, aponta a realização de reuniões quase diárias com a Diretoria-Geral e os departamentos de Contabilidade e Recursos Humanos. O esforço não foi suficiente para o cumprimento do prazo, segundo Rogério, pelas demais atribuições das equipes no dia a dia.

A previsão é de que o edital liste, no mínimo, 20 vagas a serem preenchidas nas áreas de contabilidade, taquigrafia, recepção, telefonia, recursos humanos e licitações, além da contratação de seguranças e motoristas.

"Para absorver os novos funcionários temos de ter organograma que dê conta, moderno, até para preparar a Casa para o aumento do número de vereadores, que deverá passar de 17 para 23 na próxima legislatura", atenta o presidente da Câmara.

Rogério conclui que a dificuldade na organização de concurso público é um mal que atinge a maioria dos Legislativos do Brasil. "De maneira geral, todos se acomodaram nesta questão. Agora temos de correr atrás."

 

Sem concorrência, presidente admite desvio de função

 

Sem concurso público há mais de 20 anos, a Câmara de Mauá abriga em seus quadros desvio de função. A situação é admitida inclusive por Rogério Santana. "Por força da necessidade, acaba acontecendo", revela.

O petista, no entanto, enxerga na nova concorrência a chance de liquidar a injustiça. "Este concurso vem para corrigir estas distorções e para equacionar o nosso deficit no quadro de funcionários."

Além de ainda não ter publicado o edital sobre a realização do concurso público, a direção da Câmara de Mauá vive a expectativa de ter de demitir ou reenquadrar funcionários. No ano passado, o MP (Ministério Público) questionou a necessidade de mais de 150 cargos em comissão. Rogério Santana recorreu e aguarda pronunciamento do órgão. "Por enquanto ainda não sabemos o que teremos de fazer neste caso", salienta.

A Casa espera que até o fim de março seja comunicada pelo MP sobre as providências que terá de tomar.




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