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Rhodia investe US$ 100 milhões no País em 2011
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
24/02/2011 | 07:30
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A Rhodia vai investir cerca de US$ 100 milhões no Brasil em 2011. O valor, que é o dobro da média anual de aportes que a empresa recebe (US$ 50 milhões), inclui a modernização e ampliação da capacidade das fábricas na região (em Santo André e São Bernardo) e em Paulínia (no interior do Estado).

Depois do crescimento de 28% no faturamento em 2010 - fechou o ano com R$ 1,3 bilhão em vendas -, as perspectivas do grupo seguem favoráveis, segundo o presidente da companhia na América Latina, Marcos De Marchi.

O executivo assinala que a Rhodia se beneficiou do aquecimento do mercado interno no ano passado, o que permitiu o impulso na produção de fios têxteis e plásticos de engenharia. Esses últimos itens servem como matéria-prima para confecção de peças automotivas, por exemplo.

A companhia também foi bem no mercado externo. Enquanto a indústria química toda registrou no ano passado US$ 15 bilhões de deficit comercial (importações maiores que as exportações), a empresa vendeu ao Exterior 15% mais em 2010, obtendo US$ 354 milhões com essas encomendas. "Temos um modelo de negócio superavitário, exportamos US$ 114 milhões a mais do que importamos", afirma De Marchi.

O executivo explica que esse modelo é calcado no uso de matéria-prima brasileira como o cumeno (produto químico utilizado para a fabricação de solventes) adquirido de fábrica da Quattor no Polo Petroquímico do Grande ABC e o etanol, que também é nacional.

CAPACIDADE - A empresa vai ampliar em 10% a capacidade produtiva da fábrica de fios têxteis, em Santo André, e aumentar em 15% a unidade produtiva de plásticos de engenharia em São Bernardo. O presidente da Rhodia América Latina ressalta que a expansão é acompanhada do que há de mais moderno em maquinário.

Além disso, o grupo investe na implementação de uma usina de energia em Brotas (SP), que deverá gerar 70 MW a partir do bagaço da cana-de-açúcar. O início das operações é previsto para em 2012.

CENÁRIO - Para De Marchi, o cenário econômico em 2011 tem desafios, ligados à inflação e ao nível da moeda (o real valorizado).

No entanto, ele estima que, se o País crescer 5%, a empresa deve acompanhar o ritmo e ter incremento até um pouco maior, da ordem de 10%.

O executivo comenta que ainda é cedo para avaliar como se comportará a economia, mas vê sinais favoráveis também por parte do governo federal, que, segundo ele, mostra disposição em melhorar a competitividade da indústria nacional.




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