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Frutas, legumes e verduras ficam
até 26,61% mais caros
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
24/02/2011 | 07:30
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O clima quente e o excesso de chuvas deste início de ano tornaram alimentação saudável mais cara. Pelo menos é o que aponta o IPV (Índice de Preços no Varejo), medido pela Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Segundo o estudo, os preços de peixes, frutas, verduras e legumes, registraram incremento de 0,39% em relação a dezembro, e de 4,62% quando comparado aos últimos 12 meses. Já segmentado os produtos, as hortaliças como alface, rúcula e repolho são as que demonstram maior alta, ficando até 26,61% maiores na comparação com dezembro.

"Não para de chover e isso traz consequências no preços. Para que isso se estabilize e volte ao normal, é complicado. Precisa que o clima melhore para que haja aumento na oferta, mas muitos produtos precisam de prazo para se recuperar", aponta o assessor econômico da Fecomercio, Guilherme Dietze.

Quem compra peixes nos supermercados viu o custo subir 4,19%. Já o preço das frutas, verduras e legumes, teve incremento ainda mais significativo: 4,38%, 15,03% e 23,42%, respectivamente.

E os que preferiram a feira para negociar valores também não foi muito bem-sucedido. O preço das frutas teve ligeira variação de 0,06%. Os legumes, por sua vez, tiveram incremento de 7,45%.

O engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá de Benedetto, estima que os itens só devem ficar mais acessíveis com a chegada do outono, que começa em meados de março, no entanto, isso não será logo no início da estação . "O produtor vai precisar aprontar a terra, plantar. Isso leva algum tempo. A expectativa é de que comece a melhorar em abril", prevê.

No entanto, o engenheiro avalia que, nesse período, alguns produtos entram na entressafra, como a laranja, o que também alterará valores. "Alguns melhoram, mas outros devem a subir. Isso é comum da época", diz.

Carne bovina cai menos de 2% em relação a dezembro

Enquanto o preço da carne bovina caiu até 37% no atacado no início deste ano, o varejo registrou queda bem mais modesta no mesmo período. Dados do IPV apontam que o consumidor mais animado com o churrasco notou queda de 0,34% nos preços das carnes bovinas e de 1,31% nas carnes de aves nos açougues. Os cortes suínos tiveram variação de apenas 0,03%.

Para os que preferem adquirir os itens no supermercado as carnes bovinas, suínas e de aves ficaram, 1,79%, 1,98% e 1,53% mais baratas, respectivamente.

Segundo dados do IPV, essa foi a primeira queda depois de seis meses de alta consecutiva dos cortes. A Apas (Associação Paulista de Supermercados), no entanto, estimou em reportagem publicada pelo Diário que a queda no período era de 20% para o consumidor. Mesmo com preços mais competitivos no atacado, a expectativa é de que no varejo sigam no mesmo patamar até abril.




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