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Centrais se encontram
com governo amanhã
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
03/02/2011 | 17:28
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As seis principais centrais sindicais farão reunião amanhã com o governo federal para dar continuidade nas negociações referentes à correção da tabela do IR (Imposto de Renda); aumento do salário-mínimo e também no piso para aposentados. O mínimo hoje está fixado em R$ 540. As articulações estão marcadas para às 10h, no Edifício do Banco do Brasil, avenida Paulista, em São Paulo. Será o segundo encontro entre as entidades representativas e o governo.

Três ministros irão participar do evento; Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guido Mantega, da Fazenda, e Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego. Do outro lado, as centrais serão representadas por lideranças da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Força Sindical, CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores).

O presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, salientou que está otimista quanto às reivindicações das sindicais, junto à União. O representante disse que as entidades vão defender o valor de R$ 580 para o mínimo. O governo tem destacado recentemente que planeja conceder, no máximo, R$ 545, via MP (Medida Provisória). "Amanhã nós vamos sentar e insistir nesse número (de R$ 580), e caso eles não aceitem,  nós só temos uma saída, que é esperar que a Dilma mande ao congresso a MP, que não mandou ainda, e então faremos emendas, e pronto", destacou Paulinho, também deputado federal.

Mesmo levando em conta que há maioria do governo no Congresso, o que poderia inviabilizar que as emendas fossem aprovadas, o sindicalista afirmou que, mesmo pertencendo à base governista, fará endosso com demais parlamentares da sustentação a fim de alterar o piso. "Essa maioria não vai se confirmar na hora da votação, principalmente levando em conta o aumento dos aposentados."

TABELA DO IR - Paulinho estima que a correção da tabela do IR possa ser o tema com mais avanços, no encontro de amanhã. As centrais pleiteiam percentual de 6,47% na tabela já para este ano. No entanto, a União destacou que, no máximo, poderá manter a política de correções feitas desde 2007, na margem de 4,5% anualmente. Tal percentual foi acordado há quatro anos entre centrais e o então presidente Lula e leva em consideração o acumulado da inflação do ano anterior mais o PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos atrás.

"Se ficar acordo para os quatro anos, na taxa de 5%, falando em nome da Força Sindical, nós iremos topar, mas só nesses critérios. Mas não iremos buscar diálogo sozinhos. Só faremos acordo de modo que todas as seis centrais aceitem", ressalta o sindicalista, ao enumerar que não poderá haver acordos apenas em determinados pedidos, sendo necessário avanços nas três propostas das sindicais.




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