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Desafio é aperfeiçoar atendimento
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
29/01/2011 | 07:22
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Seguindo a mesma linha de prioridades de outras cidades do Grande ABC, uma das principais metas traçadas pela Secretaria de Saúde de São Bernardo para este ano é aperfeiçoar o atendimento prestado aos usuários da atenção básica que passam por consultas médicas nas 32 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade.

A qualificação dos profissionais por meio de cursos de especialização de gerentes de Saúde e o investimento na informatização de toda a rede são prioridades no governo do atual prefeito Luiz Marinho (PT), que no orçamento municipal deste ano destinou à Saúde R$ 680,4 milhões, sendo R$ 160 milhões aplicados em recursos para a área e o restante no custeio e manutenção dos equipamentos já existentes na rede pública. Metade desse valor disponível para investimento (R$ 80 milhões) será gasta nas obras do Hospital de Clínicas, previsto para ser inaugurado em março de 2012.

De acordo com a secretária adjunta de Saúde, Lumena Furtado, a reestruturação e ampliação de todas as UBSs resultarão na prestação de um serviço mais qualificado pelos profissionais. "A situação da rede física é o impedimento do crescimento da rede básica. As reformas são fundamentais para qualificar o atendimento. Queremos atender toda a população, mas a estrutura das unidades ainda é um gargalo importante."

Já sobre a qualidade do atendimento, a ordem é dar continuidade ao trabalho iniciado no primeiro ano da gestão. "É um objetivo. O processo contínuo de capacitação dos profissionais da Saúde é inesgotável", destacou a secretária adjunta.

Desde o ano passado, os postos de Saúde de São Bernardo passam por manutenções. Neste ano devem ser entregues mais 13 unidades reformadas. Todas estão sendo ampliadas, limitando-se às condições do terreno de cada uma. Atualmente, as UBSs dos bairros Ferrazópolis, dos Finco e da Vila São Pedro estão em obras, e deverão estar prontas até o fim do primeiro semestre. A Prefeitura calcula que gastará em torno dede R$ 32 milhões no projeto, já que o investimento em cada unidade gira em torno de R$ 1 milhão.

As UBSs do Batistini, Rudge Ramos e Farina serão reconstruídas, e novos prédios serão erguidos nos bairros Areião, Montanhão e Chácara Silvestre. A intervenção em toda a rede básica da cidade deve terminar até 2012, assim como a inauguração de cinco UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), feitas em parceria com o governo federal, nos bairros Taboão, Assunção, Silvina, Rudge Ramos e Baeta Neves, que também deverão desafogar a alta procura no pronto-socorro da cidade.

A secretária adjunta é a favor do diálogo entre os secretários da região em nome da melhora gradativa do sistema. "Temos sempre de pensar junto às redes de atenção e aos secretários municipais e do Estado, corrigindo o que não está funcionando e discutindo o perfil dos hospitais referência. É um desafio importante cada vez mais avançar na articulação regional."

Secretaria aposta em referência do AME Santo André 

As filas de espera nas especialidades de otorrinolaringologia, vascular e oftalmologia são algumas das maiores registradas entre outras especialidades em São Bernardo. Segundo a secretária adjunta Lumena Furtado, o atendimento pleno do Poupatempo da Saúde, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades), inaugurado em outubro em Santo André, deverá ajudar a aliviar a alta demanda na rede de Saúde da cidade. "Estamos apostando nessa referência. Seria importante que o AME pudesse ajudar no atendimento. São Bernardo sozinha não consegue responder à demanda nesse momento", frisou.

MEDICAMENTOS
Lumena classificou as farmácias das UBSs como extremamente precárias. Para facilitar a distribuição dos remédios para os usuários, haverá uma readequação do espaço nas unidades de Saúde. Como possível solução, São Bernardo terá mais duas farmácias populares, ambas com inauguração prevista para este ano.

HC deve zerar deficit de leitos na cidade e ajudar a região

A secretária adjunta Lumena Furtado destaca como outro sério problema da cidade o deficit de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e internação, já citado na primeira reportagem da série como uma das principais dificuldades na rede hospitalar do Grande ABC.

"Ainda dependemos dos hospitais estaduais Mário Covas (Santo André) e Serraria (Diadema). A referência está fora de São Bernardo. A inauguração do HC (Hospital de Clínicas) será uma importante contribuição para ajudar a zerar nosso deficit e ainda atender às outras cidades", explicou.

O HC, localizado no bairro Alvarenga - ao lado do asilo da Sociedade São Vicente de Paula -, receberá casos de alta complexidade, terá 240 leitos, sendo 180 de internação e 60 de UTI (20 pediátricos e 40 de adultos).

Atualmente, o deficit da cidade é de 150 leitos de internação e 20 de UTI. "O HC terá um impacto muito positivo na solução dessa questão", salientou o secretário titular da Pasta, Arthur Chioro.

A expectativa é que o hospital atenda até 7.000 pessoas por mês no hospital, que contará com área de psiquiatria para dependentes de álcool e drogas. Ao todo, a obra custará R$ 125 milhões, sendo 66% custeados pelo governo federal e 34% a cargo da Prefeitura.




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