Alugar um apartamento para passar uma temporada na praia se tornou um problema para uma família da Vila Maria, na Zona Norte de São Paulo. Após ver um anúncio em um site, Laura de Queiroz fechou negócio com uma mulher que dizia se chamar Keyla Martins.

"Eu fiz toda a negociação por e-mail e telefone. Ela me enviou a chave e o contrato por Sedex. Eu depositei o dinheiro na conta de homem que seria o dono do apartamento e marido da Keyla", explica a vítima.

A residência, que foi supostamente alugada, é localizada na Avenida Castelo Branco, 3782, apto. 73, na Praia Grande, litoral de São Paulo. A família ficaria no apartamento entre os dias 30 de dezembro de 2010 e 02 de janeiro de 2011.

"Eu ia passa o Ano Novo lá (na Praia Grande), com meus pais, meu noivo e meu irmão. Mas quando chegamos, o porteiro informou que havíamos caído em um golpe, que o dono do apartamento não faz locação e que deveríamos fazer um B.O. (Boletim de Ocorrência)", diz Laura.

César de Oliveira Lima é porteiro do Edifício Caratinga e diz que o condomínio não pode fazer nada para ajudar essas pessoas. "A única coisa que a gente pode fazer é explicar para a pessoa que ela caiu em um golpe e que ela precisa fazer um B.O. na delegacia."

"Foi a decepção da família. Nós gastamos R$ 1 mil e não conseguimos passar a virada do ano na praia. Minha mãe ficou super chateada, ela estava muito empolgada com a viagem", explica a vítima, que também ficou frustrada com o acontecimento.

O porteiro do prédio afirmou que ao todo oito famílias já sofreram o golpe. Esse número ainda pode aumentar, pois os anúncios permanecem em sites de compra e venda.

A reportagem tentou entrar em contato com Keyla pelos telefones disponíveis nos sites, mas ninguém atendeu.