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Saúde pública na região tem R$ 1,6 bilhão
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
23/01/2011 | 07:27
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As peças orçamentárias das sete cidades do Grande ABC reservam para 2011 R$ 1,6 bilhão para manutenção e investimento em melhorias para os usuários do sistema público de Saúde. De acordo com a Constituição, os municípios devem aplicar pelo menos 15% do orçamento em recursos nesta área.

A escassez de recursos dos governos estadual e federal, o déficit de leitos de internação e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e a qualidade dos atendimentos prestados pelos profissionais estão entre as principais preocupações citadas pelos gestores de Saúde de cinco das sete cidades da região. Representantes das prefeituras de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra preferiram não se posicionar sobre o assunto. De hoje até o próximo domingo, o Diário apresenta uma série de reportagens sobre as prioridades e os desafios para a Saúde de cada cidade, a começar por Santo André, na edição de amanhã.

Nessa cidade, cada uma das 32 equipes do PSF (Programa Saúde da Família) tem capacidade para atender até 3.500 famílias. Um dos objetivos da Prefeitura é ampliar a cobertura do PSF em até 40%, além de reduzir o tempo de espera nos prontos-socorros, que, de acordo com o então secretário de Saúde, Arnaldo Augusto Pereira, no início da gestão do prefeito Aidan Ravin (PTB) chegava a até sete horas. A meta é reduzir esse tempo para 30 minutos. Já o Poupatempo da Saúde, o AME (Ambulatório Médico de Especialidades), deverá funcionar em sua plenitude até o fim do primeiro semestre, quando atenderá 28 especialidades.

São Bernardo é a cidade dona do maior orçamento para a Saúde: R$ 680,4 milhões. Entre as prioridades estão equilibrar o déficit de leitos de internação e UTI e qualificar os agentes de Saúde para humanizar o atendimento.

Referente ao primeiro objetivo, atualmente na rede de saúde há 150 leitos de internação e 20 leitos de UTI. A previsão é de aumentar para 180 e 60, respectivamente.

"Desta forma também poderemos atender ao déficit regional, sempre pensando solidariamente", comentou a secretária-adjunta de Saúde, Lumena Castro. A construção de quatro UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e cinco UBSs (Unidade Básica de Saúde) e duas Farmácias Populares também fazem parte dos planos da administração até 2012.

A preocupação com o serviço pela atenção básica também é da Secretaria de Saúde de São Caetano. Um "exército de humanização", assim denominado pela Pasta, já está em andamento nas unidades. Em prol de melhorias, Regina Maura, assessora especial da Coordenação da Ação Social, defende a periódica ‘reciclagem' do profissional que atua no sistema de Saúde, já que, com a alta rotatividade dos agentes, é difícil evitar o duplo trabalho de treinamento.

Nardini já atende cirurgias de média complexidade 

Um gargalo da Saúde de Mauá é a baixa capacidade para realizar cirurgias no Hospital Doutor Radamés Nardini. Com a compra do arco cirúrgico, em dezembro do ano passado, especializado em cirurgias ortopédicas de média complexidade, o problema deve começar a ser amenizado ainda a partir deste mês - o equipamento já está funcionando parcialmente.

Com o arco, o hospital poderá fazer até 40 intervenções cirúrgicas ortopédicas por mês. Hoje, a unidade não realiza mais do que 30.

Segundo a secretária de Saúde de Diadema, Aparecida Pimenta, a região precisa de um pronto-socorro que atenda pacientes com traumas neurológicos e ortopédicos, como as vítimas de acidentes de trânsito que necessitam de atendimento prioritário e imediato.




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