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Amy Winehouse não empolga público paulista
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
16/01/2011 | 11:43
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Principal atração do Summer Soul Festival, que reuniu ontem na arena Anhembi 30 mil pessoas, Amy Winehouse fez um discreto show.

No estilo paulistana - incluindo figurino, um vestido azul marinho com detalhes brancos - Amy fez o show mais centrado desde que aportou no Brasil para a série de cinco shows que incluiram apresentações em Florianópolis, Rio de Janeiro e Recife.

Sem esquecer a letra das canções ou estabacar-se no show, a cantora decepcionou a parte dos fãs que esperava vê-la tresloucada no palco.

A britânica entrou no palco com quase 15 minutos de atraso, às 23h38. Ovacionada, não esboçou qualquer relação com a plateia. A não ser quase no fim, quando perguntou: "Como vocês estão se sentindo?"

De entrada, foi recebida por "Shimmy, Shimmy, Ko Ko Bop", executada pela sua competente banda, que traz como destaque o carismático backing vocal Zalon.

A seguir, entoou dois dos seus principais hits, "Back to Black" e "Tear Dry on Their Own". As ovações eram maiores quando ela entornava o misterioso líquido da caneca colorida que ficava no chão do palco à sua frente.

Os momentos mais emocionante do show ficaram por conta de  "Boulevard of Broker Dream", cover de Tony Bennett e "Valerie".

"Rehab", seu grande hit, foi executado quase no fim do show, um pouco diferente da versão original, executado no atual pouco fôlego da cantora. Quem tentou cantar junto ficou perdido nos floreios de Amy.

Entre duas saídas do palco, uma para que Zalon cantasse duas canções - "Everybody Here Wants You" e Whats a Man Going To Do" - Amy voltou para um curto bis. Cantou "Love Is" a Losing Game" e "Me and Mr. Jones".

Sem desequilibrar-se, como fez no Recife, a cantora ensaiou piruetas e deu alguns pulinhos estranhos, que lhe deram um tom infantilizado. Ela ia e voltava do fundo do palco, conversando e rindo com o guitarrista, e chegava à beira do palco afoita nos seus pulinhos.

Janelle e Mayer são destaque

Apesar da Arena Anhembi só lotar para o show da Amy, e muita gente não perceber como foram as apresentações antes da cantora britânica, os norte-americanos, promessas do soul, Janelle Monáe e Mayer Hawthorne foram a parte mais especial da noite.

Primeira atração internacional, Hawthorne subiu ao palco às 20h26 sem animar tanto o público, que dançava displicente, não notando a energia cativante do branquelo com cara de nerd que tem voz de negro.

Suas baladas com cara dos anos 1960 funcionaram como um esquenta para o que viria a seguir. Fez sucesso com o hit "Maybe So Maybe No" e com o cover de Beautiful, de Snoop Dog.

Janelle, atração antes de Amy, subiu ao palco às 21h45. Eletrizante sua performance, centrada, técnica e dançante. Não tinha como não chamar atenção dos que já estavam lá. A boa voz, que adquire nuances impressionantes, cativou uma série de fãs brasileiros que desconheciam a jovem de 25 anos.

"Cold War" e "Tightrope" fizeram todos pular. A banda dançava junto, o que só aumentava a sintonia do espetáculo. "Smille", canção composta por Charles Chaplin, em romântica versão de voz e guitarra, arrancou suspiros.

No fim, com "Come Alive", Janelle ganhou o público, que fez ressoar pela Arena toda os seus 'lá lá lás'.




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