A economia alemã registrou um crescimento de 3,6% em 2010, um recorde desde a reunificação do país, impulsionada por vigorosas exportações e pela reativação do consumo interno, em uma espetacular recuperação da crise que provocou uma contração de 4,7% de seu PIB em 2009.
A Alemanha superou amplamente a média europeia (1,8%). Na Europa, apenas a Suécia e a Eslováquia registraram um crescimento superior, segundo o instituto de estatísticas Destatis.
O crescimento alemão foi superior também ao da maior parte dos países desenvolvidos fora da Europa como, por exemplo, os Estados Unidos (+2,7%) e o Japão (+3,5%).
De qualquer maneira, está muito longe do crescimento chinês (+10%).
"A economia alemã se encontra num bom caminho para 2011 e esperamos este ano alcançar o nível anterior à crise", declarou o diretor do Destatis, Roderich Egeler, em coletiva de imprensa em Wiesbaden.
A progressão da primeira economia europeia deve prolongar-se em 2011, mas em um ritmo menos elevado, segundo os economistas.
Depois de ser duramente golpeada pela crise e retroceder 4,7% em 2009, a economia alemã se recuperou muito mais rapidamente que a de outros países europeus e da maioria dos países desenvolvidos.
Primeiro país exportador europeu, a Alemanha se aproveitou da demanda dos países emergentes por seus carros, seus produtos químicos e seu maquinário industrial. As exportações alemães cresceram 14,2% este ano.
Graças à queda do desemprego, os alemães também voltaram pouco a pouco às lojas e o consumo cresceu 0,5%.
A Alemanha não registrava um taxa de crescimento similar desde a criação em 1991 das estatísticas para todo o território, depois da reunificação do país.
O recorde anterior era de 3,4% em 2006.
Os assalariados também se beneficiaram de forma global da recuperação, já que o desemprego caiu para 7,7% da população ativa, contra os 8,2% de 2009.
O salário médio líquido progrediu 3,4%, seu aumento mais forte desde 1993.
No entanto, a distribuição dos frutos do crescimento entre capital e trabalho em 2010 foi feita em detrimento deste último, depois que a brecha se estreitou em 2008 e 2009, segundo o Destatis.
Como consequência da reativação econômica, o déficit público aumentou menos que o temido. Em 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto), superou pela primeira vez em cinco anos o limite de 3% imposto pelo Pacto Europeu de Crescimento e Estabilidade.
O objetivo do governo é reduzir o déficit e levá-lo abaixo deste limite em 2011.
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